sexta-feira, 29 de abril de 2016

Aparece enfim o advogado que insultou Zé de Abreu, e ele é um PIB — Perfeito Idiota Brasileiro.


Apareceu nas redes sociais uma mensagem no Facebook do advogado que provocou Zé de Abreu num restaurante em São Paulo.  

O nome dele é Thiago Marçal.  

A mensagem, endereçada logo depois da treta a Reinaldo Azevedo, rei dos analfabetos políticos e midiotas, é chocante.  

Não por conter palavrões, obscenidades ou coisa do gênero. Mas pela ignorância desumana revelada pelo autor. São seis linhas escritas num português de semianalfabeto.  

Como o doutor Marçal conseguiu se formar é um mistério.  

Seu despreparo fumegante ilustra o nível dos antipetistas fanáticos cultivados pela imprensa.  

Ele não fala apenas por si: se manifesta por toda uma tribo que tem extrema dificuldade em juntar duas frases e, pior, em expor uma ideia. Vídeos feitos nas manifestações antigoverno mostraram quantos Thiagos Marçais estavam nas ruas, metidos em camisas da CBF e falando disparates.  

Thiago Marçal, em si, é um sujeito claramente sem leitura, sem lastro intelectual e sem noção do ridículo que é discutir política sem ter conhecimento nenhum das coisas. Num texto que escrevi há alguns anos, retratei o PIB, o Perfeito Idiota Brasileiro, aquele que de manhã ouve a Jovem Pan ou a CBN, depois lê o Globo ou a Folha, e à noite vê o Jornal Nacional e em seguida o Jornal da Globo. (Aqui, meu texto.)  

Zé de Abreu também não falou por si apenas no restaurante. Ele representa um público de esquerda altamente politizado.  

Ali no restaurante se travou um combate entre dois Brasis: um embotado mentalmente, o do advogado. Outro intelectualmente sólido, o de Zé de Abreu.  

Marçal, em sua estupidez desumana, confessa que partiu dele a briga. Ele diz que Zé de Abreu “ficou ofendido ao ser interpelado”.  

Ora, ora, ora.  

Quem teria outra reação ao ser interpelado – a palavra certa é insultado – num restaurante? Zé de Abreu estava com a mulher, em busca de algum sossego e conforto em dias particularmente cruéis para alguém como ele.  

Você pensa que vai respirar e um imbecil começa a xingar você. Dois imbecis, aliás: Marçal e a namorada, que chamou a mulher de Zé de Abreu de vagabunda, como mostra um vídeo com imagens da briga.  

Que você faz?  

Exatamente o que Zé de Abreu fez. A cusparada saiu barata. Uma bofetada seria mais adequada às circunstâncias.  

Para Reinaldo Azevedo, mestre espiritual dos Thiagos deste Brasil, o advogado disse que queria saber os motivos pelos quais Zé de Abreu fora ao restaurante.  

(Arrumei o monstruoso português do rábula. Ele escreveu os motivos pelo qual.)  

Quer dizer: é da conta dele, ou de qualquer outra pessoa, a razão pela qual o casal Abreu decidiu jantar num determinado restaurante?  

Mas mentecaptos como Marçal, estimulados pela mídia, acabaram se achando nos últimos anos no direito de perguntar a figuras como Zé de Abreu por que eles estão comendo aqui ou ali.  

Marçal falou que a conta, “uma fortuna”, foi paga pelos “bobos contribuintes”. Gente como ele não pode ver um artista engajado sem invocar, às cegas, sem fundamento nenhum, a Lei Rouanet.  

Fora a calúnia em si, é como se um ator do calibre de Zé de Abreu, com meio século de carreira vitoriosa, não fosse capaz de frequentar pelos próprios meios um restaurante entre cujos clientes estava, ou está, um advogado sofrível como ele mesmo, Marçal.  

Estavam ali, repito, dois Brasis. O do advogado Thiago Marçal é um desgraça, superpovoado de PIBs, Perfeitos Idiotas Brasileiros.

Nota do editor do Terra Brasilis a Paulo Nogueira: 
Não se abate o "oponente" pela forma como ele faz uso da língua, pois, se assim o for, estaremos aprofundando o fosso do estigma de que uma variante da língua dita culta não usada por uma determinada comunidade linguística é sinal de incapacidade para refletir sobre o mundo que o circunda e dizer algo desse mesmo mundo. Isso não é verdade. No que diz respeito aos outros aspectos do texto, estou de pleno acordo.

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