História para boi domir
Reforçando a justificativa da desfiliação do PT, assim pontificou o amigo e ex-colega de trabalho Maurício Rands:
"Esse episódio da escolha da candidatura do PT para mim foi a gota d’água. A decisão tomada lá em São Paulo, por burocratas do meu partido, de modo autoritário, sem conversar com a militância e procurar saber qual é o sentimento do Recife e da base partidária, eles já tinham tomado antes do resultado das prévias. Cheguei a essa conclusão depois que parei para reflexão, não foi algo que ficou claro logo após a imposição deles. (...) Impuseram, de São Paulo, uma candidatura. Seja o mérito que tem, o Recife não é cidade para receber posição de burocrata autoritariamente de São Paulo."
Ora, Maurício, faça-me o favor! Se você sabia que a prévia do PT aqui no Recife era jogo de carta marcada porque, então, submeteu-se a participar dela? Por que não denunciou a suposta armação da Executiva Nacional? Por que você não respeitou o direito de João da Costa ser candidato à reeleição? Mais: por que você, mesmo sendo derrotado na disputa com João da Costa, entrou com recurso no Diretório Nacional? Por que não aceitou a derrota? Se tivesse aceitado, hoje o canditado seria João da Costa.
Na verdade, Maurício Rands, você queria mesmo era ser o indicado pelo Diretório Nacional, dando um golpe profundo no seu concorrente nas prévias. A decisão do DN (de lançar Humberto) foi justamente para acalmar os ânimos, tanto o seu quanto o de João da Costa, que foi o mais prejudicado com essa história, no entanto, num ato de desprendimento, já confirmou que vai ficar no PT, mesmo ainda não declarando seu apoio.
Fato concreto é que, como Mauricio Rands não foi o indicado pelo partido, só restou a ele sair do PT e ir pro palanque de seu padrinho político, o governador Eduardo Campos. O resto é história para boi dormir.
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