sexta-feira, 13 de maio de 2016

Editorial do New York Times, em favor de Dilma, surta jornalistas da Globo


Um editorial do New York Times desta sexta feira 13 de maio defende a realização de novas eleições aqui e dá uma traulitada [porrada, cacetada], mais uma de uma boa série, no golpe.  

O título, em tradução livre, é “Tornando pior a crise política no Brasil”.  

Dilma está pagando um preço “desproporcionalmente alto” por má conduta administrativa. Muitos de “seus mais ardentes detratores são acusados de crimes mais graves” e políticos “que orquestram sua deposição foram associados a um grande esquema de propina e outros escândalos”.  

A liderança dela é considerada “péssima” e “abaixo do esperado”. Mas as pedaladas fiscais, usadas como base da acusação, foram “uma tática que outros líderes brasileiros utilizaram no passado sem sofrer grande escrutínio”.  

A saída “é provável, já que 55 dos 81 senadores brasileiros votaram a favor de seu afastamento”. Com isso, ficará mais fácil retomar a política usual do pagamento de propinas.  

Embora Dilma e seu partido tenham “se afundado nos últimos meses”, o PT ainda conta com “um apoio considerável, particularmente entre os milhões de brasileiros que saíram da pobreza nas últimas duas décadas”.  

“Os senadores que saboreiam a saída de Dilma devem lembrar que a presidente foi eleita nas urnas duas vezes”, diz o texto.  

É uma análise correta, sóbria e criteriosa do que é, ainda, o melhor jornal do mundo. Mas que despertou a ira de jornalistas da Globo e do Estadão. São os pitbulls da versão pseudo legalista, latindo a cada vez que a história que tentam emplacar é desmoralizada na Europa e nos EUA.  

Golpistas não gostam de ser chamados de golpistas. Canalhas não gostam de ser chamados de canalhas. A falta de decoro e de noção desse pessoal chegou a um ponto em que resolveram dar aulas de jornalismo ao Times.  

Jorge Pontual, correspondente da GloboNews que vem dando vexame há semanas (o último foi numa comparação muito doida de Dilma com Hitler que ele tentou, sem sucesso, corrigir), escreveu no Twitter que “New York Times defende Dilma em editorial”.  

A colega Lúcia Guimarães foi para cima numa espécie de surto psicótico.  

“É de enfurecer a repetição descerebrada de que a fraude fiscal equivale ao que FHC e Lula fizeram”, replicou. A ex-colega de Saia Justa Monica Waldvogel pontuou que “a conclusão é doidona” (?!?).  

A certa altura, Lúcia resolveu iluminar o pessoal do NYT questionando em inglês o artigo. Se deu ao trabalho de colar um gráfico da Folha de S.Paulo. Obviamente, foi ignorada.  

Lúcia vive em Nova York. É uma ex-produtora do Manhattan Connection que, após a morte de Paulo Francis, por uns tempos deu  pitacos no fim do programa. Escreve uma coluna que ninguém lê numa publicação cada vez menos lida, o Estadão.  

Mora no Twitter, onde é como um pato velho se sacudindo no meio de um lago: só barulho. É fanática, autoritária e lelé a ponto de traduzir o discurso de posse de Michel Temer.  

Mais do que isso, é um símbolo do partidarismo escrachado da mídia brasileira, que conta com gente como ela para tentar dar um verniz institucional e democrático a um governo vagabundo e sem voto.  

A narrativa do golpe está consolidada. Se você não é cínico, estúpido, maluco ou de má fé, não consegue achar normal um sujeito como Cunha presidindo um processo de impedimento e um Michel Temer no poder. Tentar vender outro peixe malcheiroso tem gerado esses momentos de pagação de mico.  

Agora, é o tal negócio. O pessoal deve olhar para o João Roberto Marinho respondendo matéria do Guardian na caixa de comentários e pensar: bom, já que o patrão faz essa zona e mente aí numa boa, por que não eu, é ou não é?

Meirelles: direitos adquiridos não são adquiridos!


O Meirelles é outro puft.  

Não tem nada dentro a não ser o rolando-lero neolibelês.  

Um bancário a serviço do mercado e da Casa Grande.  

Na primeira entrevista coletiva, na manhã dessa sexta-feira 13/05 – sim, porque a Urubóloga já lhe tinha dado posse no Mau Dia Brasil -, Meirelles falava enquanto a Bolsa caía.  

Talvez porque ele não dissesse nada, além do óbvio lancinante.  

Limitação de gastos.  

Teto de despesas.  

Estabilizar a dívida pública.  

Mas, ele cometeu dois lapsos reveladores da secreta ambição do Governo.  

Ao responder a uma pergunta sobre a reforma da Previdência e o respeito aos direitos adquiridos, ele foi claro, ainda que escorregadio:  

- “direitos adquiridos não prevalecem sobre a Constituição!”  

No ambiente de uma pergunta sobre os direitos adquiridos dos velhinhos, que história é essa de “prevalecer a Constituição”?   

Como disse o Bercovici, a Constituição morreu.  

Portanto, vem um trampo aí!  

Se adquiridos estavam, adquiridos não estão mais.  

O gato comeu os direitos adquiridos!  

O Supremo restabelecerá a hierarquia segundo a extinta Constituição!  

Quá, quá, quá!  

Depois ele enfatizou a questão do “nominalismo” e a necessidade de “desindexar” a economia.  

O que “indexa” a Economia é o Salário Mínimo!  

O Salário Mínimo sobe com a inflação e o Salário Mínimo aumenta a Previdência.  
Logo, vem pau no lombo do Salário Mínimo e da Previdência!

Começou a extinção do Bolsa Família


No discurso do puft, Temer disse que o Bolsa Família “deu certo”.  

Muito!  

Tanto assim que, ali ao lado, ao tomar posse, o Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário (cuidado, Stedile!), Osmar Terra (PMDB-RS) começou a promover o desmanche do Bolsa:  

- o Bolsa não pode ser uma proposta de vida;  

- vamos avaliar (sic), aumentar (sic) sua eficiência;  

- precisa atender 50 milhões?  

- temos que explicar por que tanta gente!  

- acho que ela (Dilma) mentiu ao falar esse número;  

- precisamos oportunizar (sic) uma saída!  

É o mesmo oportunizador que já tinha dito que o Bolsa é uma “coleira política”! 

Como o Bolsa é entregue a mulheres, é possível concluir que ele se referia a “cadelas” - as que andam em coleiras!  

Como disse a excelente Tereza Campello: o que eles querem mesmo é jogar 40 milhões de brasileiros de volta à miséria.  

Em tempo: o ministro da Saúde, Ricardo Barros – o que, na Comissão de Orçamento da Câmara, queria tirar dinheiro do Bolsa – já avisou que “regras do mais Médicos sofrerão ajustes”.  

Ou seja, só poderão participar dos Mais Médicos aqueles que tenham saído dos quadros do Hospital Sírio e Libanês!  

Paulo Henrique Amorim

WikiLeaks: Temer foi informante da embaixada americana


Os documentos seriam de 2006, mas a organização sueca só divulgou as informações na noite desta quinta-feira (12/5)  

Em documentos divulgados na noite desta quinta-feira (12/5) no Twitter, o perfil oficial do Wikileaks afirma que o presidente interino do Brasil, Michel Temer (PMDB), foi informante da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Segundo os documentos divulgados pela organização sueca, Michel Temer teria falado com a embaixada via telegrama e o conteúdo seria classificado como “sensível” e “para apenas uso oficial”. As transmissões dos arquivos teriam sido feitas no dia 11 de janeiro 2006 (quarta-feira), às 14h02 e no dia 21 de junho 2006 (quarta-feira), às 16h05. Não há informações sobre o fuso horário da entrega.  

Nos documentos divulgados, Temer passaria sua visão de como estava a situação política no Brasil na época. São opiniões sobre as eleições que ocorreriam em 2006, quando Lula foi reeleito.  

Temer teria analisado cenários em que o partido dele (PMDB) poderia ganhar as eleições. Nos documentos, ele também teria falado sobre as diferenças entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Em uma das frases citadas no texto, Temer teria dito que “as classes C, D e E acreditam que Fernando Henrique roubou dos pobres e deu para os ricos. Já Lula roubou dos ricos para dar aos pobres”.  

Os telegramas falam ainda sobre uma possível disputa entre um candidato do PMDB com Lula, caso não houvesse acordo entre os partidos. O nome de Anthony Garotinho teria sido cogitado neste momento, mas haveria uma resistência no PMDB. Germano Rigotto, na época governador do Rio Grande do Sul, e Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa, também foram cogitados.  

Em outro trecho do documento, Temer se negou a prever como ficaria a corrida eleitoral, mas afirmou que haveria segundo turno. Disse apenas que “qualquer coisa poderia acontecer”. Na ocasião, ele teria confirmado que o seu partido não apresentava candidatos à presidência e que o PMDB não seria aliado do PT e nem do PSDB, pelo menos até o segundo turno.  

Temer teria dito que o PMDB elegeria, naquele ano, entre 10 e 15 governadores pelo país. O partido teria também as maiores bancadas no Senado e na Câmara dos Deputados. Sendo assim, o presidente que fosse eleito teria que se reportar ao PMDB para governar. “Quem quer que vença a eleição presidencial terá que vir até nós para fazer qualquer coisa”, teria dito o político.

O WikiLeaks já revelou que o Padim Pade Cerra se comprometeu com a Chevron a entregar o pré-sal.  

O Nelson Johnbim foi ao embaixador americano,segundo o WikiLeaks, esculhambar a política externa do Governo a que servia - o do presidente Lula. 

O Ataulpho Merval , o William Traaack e um suposto repórter investigativo (sic), o que poupou os patrões na lista do HSBC, também foram apanhados pelo WikiLeaks com a boca na botija de Tio Sam.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O velório do PiG

A Globo não engana: ela sempre esteve do lado errado da história



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