06 de Agosto de 1945 – O presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, autoriza o uso da bomba atômica em Hiroshima, Japão... Depois seria a vez de Nagasaki. “Little boy”, como foi batizada a famigerada bomba de Hiroshima, matou cerca de 140.000 pessoas e os efeitos da radiação, oriundo deste artefato bélico, alastraram-se, vitimando outros seres humanos e não humanos. Isso foi um HOLOCAUSTO, um GENOCÍDIO, um VEGETACÍDIO (a partir de agora, instituo, como falante da comunidade de língua portuguesa no Brasil, a nomeação desta forma de mortandade)!!!... Ah... Mas estavam em guerra... Eram tempos difíceis... Segunda Guerra Mundial... E a guerra permite o morticínio...
11 de Maio de 2008 – Não entendo, sou Mestre Néscius e continuo não entendendo. Não falo das estratégias de guerra, das ações bélicas, da defesa inalienável da soberania de um território-pátrio, falo que não compreendo a existência da guerra... Como disse, Sou Néscius, e a guerra, o confronto, o embate entre humanos me parecem coisa dos sem-razão.
Esta reflexão se fez mais presente depois que soube da divulgação dos filmes encontrados, numa caverna na região de Hiroshima, em 1945. O soldado estadunidense Robert Capp, que fazia parte das forças de ocupação, encontrou os ditos filmes e os doou aos arquivos da Hoover Institution, em 1998, com a condição de que as fotos reveladas não deveriam ser divulgadas antes de 2008.
Um internauta amigo me apresentou um dado interessante para outra reflexão. Foi aí que percebi depois de muito tempo, o cara aqui é Néscius, que, guardadas as devidas proporções (como bem frisa o meu amigo internauta), os estadunidenses promoveram, em pouco mais de cinco minutos, um verdadeiro holocausto nipônico. Os alemães, sob a tutela insana de Hitler, demoraram seis anos para exterminarem cerca de seis milhões de judeus europeus durante a dita Segunda Guerra, a maioria deles em câmara de gás. E penso que a retórica de que os “judeus morreram” é um falsear histórico sem fundamento. Os judeus NÃO MORRERAM... FORAM MORTOS!!! E advirto que devamos atentar para o valor semântico das expressões: MORRER não é a mesma coisa que SER MORTO. Esta última expressão configura a impotência de decidir se há o desejo de VIVER ou não. Ela sonega a vontade da VIDA, uma vez que não existe o livre-arbítrio, o poder de respirar, ao menos.
Mas ainda me pergunto: Apenas os Judeus foram sacrificados, “holocaustizados”? Apenas Hitler decidira quem VIVERIA e quem MORRERIA? Apenas Truman determinara o uso de um artefato que viria a dizimar 140.000 seres humanos, sem contar o dano causado a outros seres?
Foi aí, embalado nestas reflexões, que me lembrei de um certo Dirigente Mundial. Indaguei-me: E o cara do Texas? O “Little Cowboy”? O “Juninho Bush”? Sim, este mesmo que mora numa Casa Branca lá para as bandas da América do Norte (por uma questão de princípios semânticos e geopolíticos, sempre digo que quem nasce nos EUA NÃO é norte-americano. Respeito as outras soberanias naquela Região, como canadenses e mexicanos. Todos estão situados na América do Norte, embora não sejam da mesma laia). Sim, estou falando do pulha que, com sua sanha belicista, tirânica, imperialista e unilateral, patrocina a desgraça de outras etnias. Vamos acabar com isso BARACK OBAMA! Estou com você... Veja bem!
A minha reflexão aponta para uma advertência: não devo me esquecer de outros contemporâneos Holocaustos (de iraquianos, de palestinos...), além do imposto ao povo judeu na Segunda Guerra Mundial...
A minha reflexão me leva, também, à madrugada de 09 de Julho de 1980. O poetinha partira nesta data, dois dias antes de o Mestre Néscius completar 16 anos. Tive saudades de Vinícius e da Rosa de Hiroshima e me vi impelido a dizer algo, após me deparar com aquelas fotos. Indignado, adiciono este post. Sereno, reapresento o poema do Grande Poetinha:
Rosa de Hiroshima
Vinicius de Moraes
Composição: João Apolinário / Gerson Conrradi
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
FONTES: http://luizazenha.blog.terra.com.br/
http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/49279/
http://universal.imusica.com.br/artista.aspx?id=5566
http://www.viomundo.com.br/
Um comentário:
Como é isso, hein Mestre?!
Já vi gente com uma queda por "Paulinha" Toller, mas esse seu TOMBO por ela é, pra mim, algo novo.=X
rsrs
=P
Xeru
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