José Miguel Insulza (Secretário-Geral da OEA)
De Gustavo Palencia
TEGUCIGALPA (Reuters) - Os governantes de Honduras esnobaram o chefe da Organização dos Estados Americanos (OEA) neste domingo e cancelaram uma visita para negociações sobre a crise, causada por um golpe em junho.
A OEA, que suspendeu Honduras por conta do golpe, planejava enviar ao país o secretário-geral José Miguel Insulza com um grupo de ministros de relações exteriores na terça-feira.
"A intransigência do secretário-geral em insistir que faça parte da missão... tornou impossível que a visita prosseguisse", disse o ministério do Exterior de Honduras em nota.
Durante uma visita a Honduras dias depois de soldados forçarem o presidente Manuel Zelaya a deixar o país, Insulza pediu que o mandatário voltasse ao cargo e não se encontrou com o líder de facto, Roberto Micheletti.
O grupo que deu o golpe de Estado afirmou estar disposto a remarcar a visita contanto que ela não inclua Insulza, acusado de "não ter objetividade, imparcialidade e profissionalismo".
A OEA é o principal órgão diplomático da região e frequentemente intermedia crises.
Honduras estará na agenda da primeira reunião do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com os líderes dos vizinhos México e Canadá durante encontro no domingo e segunda-feira no México.
Obama cancelou ajuda militar no valor de 16,5 milhões de dólares a Honduras e condenou a remoção de Zelaya, assim como outros governos da América Latina e da União Européia.
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