Decisão da Justiça não se discute, cumpre-se. Menos para a mídia, para os jornalões. O que estava proibido de ser publicado pelo jornal Estadão por determinação da Justiça, o caso filho do Sarney, a Folha de São Paulo publicou ontem, 25/10. Com a manchete: "Sarney ajudou filho a "atacar" setor elétrico, revela grampo", fazem parte da Operação Faktor, antes chamada de Boi Barrica, que levou ao indiciamento de Fernando por quatro crimes. A apuração de tráfico de influência ainda não foi concluída pela PF. O Estadão deve ter fornecido as gravações à Folha de São Paulo e hoje republica a matéria da Folha em suas páginas, com a chamada: "Jornal mostra ação da família Sarney. Diálogos transcritos pela Folha sugerem suposto tráfico de influência de filho de presidente do Senado". Entenderam? Foi outro jornal que publicou, não foi o Estadão. Dessa maneira o Estadão burlou a determinação judicial e publicou o que foi proibido por determinação da Justiça. Por que, com tanta corrupção envolvendo os senadores Arthur Virgilio, Heráclito Fortes, Marconi Perillo,Tasso Jereissati, Eduardo Azeredo, Efraim de Morais, Expedito Jr e outros, a mídia só quer expor, cobrar e denunciar só o Sarney? A resposta foi dada pelo presidente Lula: -"A queda do Sarney era o único espaço de poder que a oposição tinha. Aí, ao invés de governabilidade, iam querer fazer um inferno neste país. Foi correta a decisão de manter o Sarney no Senado." O PIG deseja prejudicar a governabilidade para enfraquecer o presidente Lula, para que ele não eleja o seu sucessor ou sucessora. Se o Sarney, ao invés de proporcionar governabilidade ao governo Lula, estivesse fazendo, como deseja a oposição, um inferno no país, ele estaria a salvo da fúria do PIG, como tantos outros supostos corruptos com vários processos no STF.
Jussara Seixas
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