sábado, 24 de outubro de 2009

A Igreja Católica e sua visão medíocre sobre cristianismo e política



Política/Religião

As igrejas que pregam o cristianismo, sobretudo a católica, deixaram de lado os belos ensinamentos de Jesus para seguir seus próprios dogmas, conservadores e cheios de preconceitos, e pisam na bola quando se metem em política. [...]

A CNBB, segundo o jornal que está caindo em descrédito, Folha de São Paulo, não gostou das declarações de Luis Inácio do Lula da Silva quando ele afirmou que até "Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão" se fosse eleito para governar o Brasil.

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, disse, ao comentar a declaração do presidente, que "Jesus Cristo não fez aliança com os fariseus".

Claro que dom Dimas foi provocado pela Folha, mas sua indignação é injustificável e seus comentários ilógicos, pois vão de encontro aos princípios do evangelho e denotam vir de uma pessoa que desconhece os conceitos rudimentares da teologia, uma vez que, segundo o próprio evangelho, Jesus nos deixou o exemplo de que não devemos fazer acepção de pessoas pelo seu nível social, econômico, cultural, e nem pelo seu caráter prosélito.

O secretário, no afã de criticar Lula, esqueceu-se de que Judas não era Fariseu nem Saduceu, era um discípulo de Jesus designado por Deus para traí-lo, segundo as escrituras.

Ora, senão vejamos: se não fosse Judas, não haveria o sacrifício de Jesus, não se confirmariam as profecias e não haveria salvação.

Podemos compreender assim a importância de Judas nesse contexto?

Os Fariseus, que Jesus tanto criticava, eram membros de uma seita judaica surgida no séc. II a.C., que se caracterizava pela observância exageradamente rigorosa das prescrições da lei escrita, mas que, nos Evangelhos, é acusada de hipocrisia e excessivo formalismo.

Já os Saduceus eram membros de uma seita ou partido religioso do judaísmo posterior ao séc. III a.C., recrutados entre as famílias sacerdotais, os quais, apresentando viva tendência a assimilar culturas estranhas, como a helênica e, posteriormente, a romana, discordavam dos outros israelitas quanto aos rituais de purificação, à crença na ressurreição dos mortos, nos anjos e na providência divina.

O sectário secretário erra feio teologicamente quando declara que Jesus não fez aliança com fariseus nem saduceus, negando, assim, o próprio sacrifício de Jesus, que foi crucificado, segundo as escrituras, pela salvação dos pecadores.

Então, a crucificação de Jesus não foi uma aliança com fariseus, saduceus, e toda espécie de pecador?

Lula, ao fazer esta declaração, acertou em cheio: "Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão se fosse eleito para governar o Brasil". E digo mais: para governar o Brasil, há de se fazer pacto com Deus e o Diabo. A mídia golpista, que recebe milhões das empresas estatais para publicizá-las e depois cospe no prato que come, prova o que eu digo.

Do Bodega Cultural,

Atualizado às 16:36h.




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