Ygor Salles (Folha Online)
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), minimizou nesta quinta-feira a greve dos professores estaduais e negou que não tenha ido a um evento na manhã de hoje devido à presença de professores protestando no local.
No final da manhã, estava programada a presença de Serra na inauguração de um viaduto no Jaraguá (zona norte de SP), mas ele não foi. Cerca de 50 professores ligados à Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) estavam no local para protestar contra o mandatário.
Segundo Serra, sua presença não estava garantida, e ele foi fazer vistoria de algumas obras que deve inaugurar nos próximos dias, como o trecho sul do Rodoanel. "Na verdade, eu tinha uma agenda minha de supervisão de obras, sozinho, obras que estão para ser inauguradas. Só isso. Eu fui cumprir essa agenda", disse. "Fui fazer essa supervisão e não deu tempo [de ir do evento]."
Logo em seguida, Serra ainda disse que, como normalmente faz, acordou tarde. "[Ontem] Estava com sono, fiz o Twitter e dormi", brincou, se referindo às suas postagens no serviço de microblogs, onde tem uma das páginas mais visitadas do país.
Movimento esvaziado
Para Serra, o movimento grevista dos professores do Estado é apenas "marketing" e não está prejudicando as atividades na maioria das escolas.
"Não tem movimento de greve. É marketing para a imprensa noticiar", disse o governador. "Não pegou. Não tem movimento de greve. Querem prejudicar os alunos, mas nem isso estão conseguindo."
Questionado se o movimento grevista tem motivações políticas, Serra disse apenas que os jornalistas "são suficientemente inteligentes e observadores para tirarem conclusões".
A Apeoesp é uma entidade sindical ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ao PT, o que levantou a suspeita.
A greve, iniciada no dia 8, foi mantida na última sexta-feira após assembleia sob o vão livre do Masp, na avenida Paulista.
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