Marina, esperta, corre para ficar com os votos de Ciro
Marina Silva não perdeu tempo e ontem mesmo “solidarizou-se” com o excluído Ciro Gomes que, como vimos, saiu atirando para todos os lados, inclusive contra o próprio pé. A candidata verde sabe, como dissemos na coluna Pérolas & Pílulas de ontem, que é a herdeira presumida dos votos do improvisado socialista.
O problema da ex-discípula de Chico Mendes é que ela, a não ser no Acre, é pouquíssimo conhecida do chamado povão que, segundo as pesquisas, apóia maciçamente o presidente Lula. Sendo assim, ela segue , com ligeiras diferenças, a mesma tática de Serra e de Ciro: apresenta-se não como oposição a Lula mas como uma pós-Lula, aquela que fará quase tudo o que a atual presidente fez, só que mais e melhor. Ontem, Marina chegou a dizer que não só não abandonará como acelerará as obras do PAC.
Isto tudo é de uma obviedade marqueteira que só não é entediante porque representa um fantástico tiro no pé. Alguém precisa avisar aos estrategistas do Serra e da Marina (e de passagem ao Élio Gaspari que acredita nestas bobagens) que nada disso surtirá efeito se não for combinado com os russos. No caso, os russos são os marqueteiros de Dilma que não terão outro trabalho senão fazer esta perguntinha simples: se todos querem ser continuadores de Lula, por que não perguntar ao próprio quem é que ele considera mais apto para fazer isto?
Deixando estas infantilidades de lado, porque não perguntam a Marina se ela construiria ou não a gigantesca usina de Belo Monte. Serra já disse que não. E ela, espertamente, não toca no assunto. Se ainda fosse ministra estaria na linha de frente ecológica colocando obstáculos à realização da obra. Mas agora, ela e seus marqueteiros calam, porque sabem que, apesar das inevitáveis polêmicas que envolvem toda obra gigante, Belo Monte terá o apoio da maioria da população. Neste domingo (25) à noite, ela fez breve menção ao projeto, não para descartá-lo, mas para denunciar a pressa com que está sendo tocado.
Quanto à população, intuitiva, dificilmente ela se coloca contra a História. No passado, outras iniciativas audazes, como a criação da Petrobras e a construção de Brasília e de Itaipu também foram envolvidas em fantásticas e emocionadas polêmicas. De Itaipu, pessoas sérias, diziam quem o peso das águas provocaria terremotos.
Enfim, como decidiram angariar votos junto à classe média (burguesia, se quiserem) Marina e Serra, inapelavelmente vão ficando cada vez mais parecidos com Lacerda e mais distantes de Getúlio. Adivinhem com quem o povo ficará?
Um comentário:
Costumo dizer que Marina é boa como senadora. Num cargo no executivo, ela é muito fraca, näo tem base política, näo tem competencia, näo tem jogo de cintura. Ela poderia até tentar uma prefeitura, talves daria certo, mas Presidente da República ? seria um desastre para o Brasil.
Fiquei muito decepcionada quando Marina na campanha passada para Presidente, ela como evangélica, escondeu dos seus eleitores (uma maioria eram evangelicos) que o partido em que estava PV era o mais liberal que temos no Brasil. O PV é o partido que defende a uniäo gay/a legalizacäo do aborto/e a legalizacäo da maconha. Eles näo falam isso abertamente,. mas säo liberais o suficiente para defender estas causas. Entäo Marina para angariar votos se calou diante disso e näo informou seus eleitores. Entäo muitos dizem, mas isso é normal, todos os políticos agiriam assim. È claro ! isto é normal, mas no caso da Marina näo. Sabem porque ? porque sendo Marina evangélica, isto näo é normal, e nem moral, pois acredito eu que Marina tenha aprendido na sua igreja que encobrir determinadas coisas, enganar pessoas para benefício próprio, isso sim é pecado, e isto está na Biblia. Depois desta campanha, eu passei a ver Mariana como uma política qualquer e näo mais como eu a via antes, como uma política de valor. Lamentavelmente todo ser humano que entra para a política acaba perdendo um pouco o bom carater.
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