quarta-feira, 28 de abril de 2010

O PT, o PSB e as eleições 2010


Aproxima-se a disputa eleitoral e continua o clima de indecisão nos quadros do PT e PSB. Ora, o que percebemos na postura do governador Cid Gomes é o seu alinhamento político com o senador Tasso Jereissati, tendo em vista mesmo, a sua antiga amizade e o aprendizado político que herdou da velha raposa político empresarial. A cada eleição os horizontes políticos são diferentes. O apoio dado a Cid pelo partido dos trabalhadores tem o seu preço e esse preço pode ser cobrado agora a oligarquia dos Ferreira Gomes. Uma chapa de Cid estendendo o seu apoio ao senador Tasso Jereissati com certeza vai mexer com os brios da prefeita Luiziane e notadamente dos seus aliados. Por outro lado essa aventura pode custar à ira do governo federal que em muito tem contribuindo com as gigantescas obras e investimentos projetados pelo jovem governador do Estado, que certamente tem governado com habilidade e experiência de um excelente gestor público.

Não queremos aqui levar em consideração a tradição e a luta do Partido dos Trabalhadores - PT para chegar e permanecer no poder, mesmo que para isso tenha aberto a guarda do seu estatuto e ferido o que deveria preservar: a sua identidade política. Até o fechamento com alianças espúrias que hoje estão sedimentadas e instadas no seu horizonte político. Entendemos que mesmo com o apoio do presidente Lula com sua gigantesca máquina, o PT cearense carece de coragem e determinação para compor uma chapa própria com total independência, buscando alternativas e soluções na esfera federal. O bom desempenho do ministro José Pimentel nos quadros da previdência aponta seu nome ao senador, contudo, sem fechar um acordo que agrade a gregos e troianos o negócio fica complicado, apontando para um racha entre PT e PSB.

Muitas sugestões advêm dessa discussão, uma das alternativas consideradas mais viáveis, a meu ver, seria o PT compor com o PMDB, entregando a cabeça da chapa majoritária ao ministro Pimentel e para o senado o deputado Eunício Oliveira e o deputado Chico Lopes com total apoio do governo federal, mais precisamente a força política do presidente Lula que é na verdade a força propulsora das obras sociais deste país.


Antonio Matos – Jornalista e gestor de empresas - São Paulo/SP

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