O STF sacramentou a impunidade dos assassinos e torturadores da ditadura militar. Convenientemente, depois da canetada irremediável, surgirão protestos, lamentos internacionais e truanices póstumas.
Todos sabiam que apenas uma mobilização maciça da sociedade poderia sensibilizar os ministros do tribunal. A grande imprensa, que apoiou o golpe, fez o possível para mergulhar o assunto em mistificações e silêncios. A esquerda também se omitiu e o presidente Lula perdeu outra chance inestimável de contemplar uma causa incontroversa.
O Brasil seguirá como uma das poucas democracias estáveis do planeta que não exumou e puniu os crimes de seus ditadores. É assim que o conservadorismo hegemônico se materializa e avança à posteridade.
Do Blog do Guilherme Scalzilli
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