sábado, 22 de maio de 2010

CELIBATO SACERDOTAL E A PEDOFILIA!


Escreveu Carlos Fernando Priess (*)


Assistimos a uma verdadeira onda de pedofilia, que atinge gravemente, entre outros criminosos, os padres da Igreja Católica, afetando a disciplina do celibato e o carisma da vocação sacerdotal, considerado como um estado de vida para quem se diz um ministro de Deus.

Por certo não deveria ser justo afastar do sacerdócio aqueles que podem e parecem ter vocação ministerial, mas que não têm qualquer vocação pela vida celibatária, e que a Igreja guarda desde há séculos como uma pedra preciosa.

Os meios de comunicação, o desenvolvimento, muitas informações têm trazido novos fermentos para a vida, manifestando, também, a tendência dos sacerdotes estarem, na calada da noite, ferindo o que deveria ser sagrado em sua vida religiosa e até cometendo o crime de pedofilia.

Assistimos todos os dias na televisão, mulher é transformada em alegoria de mercadoria, ao lado dum automóvel. Este é o sinal de como o mercado já colonizou o corpo da mulher com as fantasias sexuais.

Torna-se necessário, urgente, imediato que a Igreja volte a examinar esta sua instituição característica, abolindo o celibato, cuja observância, segundo alguns, se tornou problemática e quase impossível nos tempos atuais, no nosso mundo.

O problema, em verdade, é secular, pois muitos padres da Igreja Católica Bizantina aderiram, há muito tempo, à IGreja Ortodoxa Grega, onde o celibato obrigatório não é exigido.

O celibato para a história do mundo é novo. Foi o Papa São Gregório VII (papa de 1073 a 1085), que, agindo é claro, em fé, introduziu na Igreja o celibato obrigatório para os seus sacerdotes da Igreja Católica. Agiu com a melhor das intenções, pois queria selecionar os candidatos para o clero, depois da separação da Arquidiocese de Roma e a criação da denominada Igreja Ortodoxa Grega.

Uma verdade que precisamos analisar é que Jesus Cristo - o Home de Nazaré - deixou bem evidente que há eunucos de vários tipos, mas que os verdadeiros são os feito pelo Reino do Céus. Quando o jovem recebe o chamado Sacramento da Ordem, tornando-se padre, ele não se transforma, como que por encanto, num desses eunucos santos. Esse padre fica sujeito a entrar numa forte crise existencial, pois que sua vocação sacerdotal pode ter sido uma ilusão, ou seja, fruto de um idealismo próprio da imaturidade dos jovens.

Ficam os padres à mercê de aventuras amorosas ou, então, passará a sofrer distúrbios psicológicos que podem levá-lo às tendências homossexuais ou pedófilas. Um padre, que deveria ser um modelo de moral e boa conduta para as outras pessoas, enveredam-se pelo caminho das práticas pecaminosas e até criminosas, como no caso da pedofilia.

O que, como não podia deixar de ser, escandaliza tremendamente as pessoas. Vindo à baila a conhecida frase paulina: "É melhor casar que abrasar-se" (I Coríntios 7:9).

De acordo com textos bíblicos, Jesus não impôs esta condição ao escolher os Dize Apóstolos, como também, os Discípulos não a impuseram àqueles que iam colocando à frente das primeiras comunidades cristãs.

São situações que vêm agitando a consciência de todos e provocando perplexidades nalguns sacerdotes e jovens aspirantes ao sacerdócio, atemorizando muitos fiéis. E o propósito de imprimir novo lustre e vigor ao celibato sacerdotal, nas circunstâncias atuais ou, então, o que seria mais lógico e humano, seria atender o que já vem sendo discutido no Vaticano, especialmente, depois de Paulo VI. Portanto, é necessária a abolição do celibato.

(*) Advogado / economista

2 comentários:

Carlos disse...

Cumpadi, até hoje não entendi essa história de "celibato".
Pra mim, isso foi inventado por algum prelado "gay", visando manter um curral pra aproveitamento futuro...
Afinal, segundo as escrituras, Deus disse: -Crescei e multiplicai-vos.
Então, nesse ponto de vista, os celibatários estão DESOBEDECENDO A Deus, concorda?
Um celibatário não é um homem completo, não entende as complexidades da vida em familia, como pode aconselhar?
Acho que isso aí deveria ser revisto pela IC...

Profdiafonso disse...

Pois é, Cumpadi Carlos,

Acredito que o celibato tem razões econômicas. Já imaginou, os herdeiros dos padres querendo um tiquinho dos bens da Igreja Católica?

Abs!

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