quinta-feira, 24 de junho de 2010

A FORÇA E O CARISMA DE LULA

Ibope: aprovação e confiança recorde de Lula impulsionam Dilma
Pela primeira vez, os eleitores que manifestam intenção de voto em Dilma estão em maior número que os potenciais eleitores de José Serra, do PSDB. O quadro eleitoral inverteu-se em relação aos resultados de março, e, segundo o Ibope, em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, ela ganharia com 45% dos votos, contra 38% ao candidato tucano.

Na indicação espontânea de intenções de voto, Dilma subiu de 14% para 22%, Serra de 10% para 16% e Marina Silva de 1% para 3%. Na lista com todos os candidatos, 38,2% dos votos seriam para Dilma, 32,3% para Serra, 7% para Marina e 13,8% não sabem em quem votariam. Na lista com os três principais candidatos, o percentual de votos em Dilma subiu de 33% para 40%, os de Serra caíram de 38% para 35% e os de Marina subiram de 8% para 10%. Apenas o resultado de Dilma não está dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A rejeição a Dilma, que já foi de 41% em novembro do ano passado, baixou a 23%. Já a rejeição de Serra aumentou cinco pontos percentuais em três meses e voltou ao patamar de setembro do ano passado, 30%. Um dado curioso sobre Serra é que caiu o número de pessoas que dizem conhecer bem o candidato, eram 31% em novembro, são 24% agora.

"A candidata Dilma é grande tributária de um governo bem avaliado e da capacidade de influência do presidente Lula junto ao eleitorado", analisou o diretor de Operações da CNI, Rafael Lucchesi, ao apresentar os resultados. Ele adverte para o fato de que há, ainda, muita indefinição no eleitorado; entre as 2.002 pessoas pesquisadas em 140 municípios, 40% dizem não ter ainda decidido em quem votarão nas próximas eleições.

Salto importante

Dilma é mais conhecida, caiu o percentual de pessoas que não votariam nela "de jeito nenhum" e, hoje, 73% dos pesquisados sabem que ela é a candidata de Lula. Foi um salto "importante", na avaliação do Ibope, já que, em março, o percentual dos que a identificavam como candidata de Lula era de 58%.

Esses fatores, resultado da maior exposição pública de Dilma em propaganda partidária e em "mídia espontânea", somados à popularidade de Lula e à expansão econômica explicam o desempenho da candidata, segundo a CNI.
Curiosamente, caiu também a quantidade de entrevistados que garantiu votar no candidato que for indicado pelo presidente Lula. Eram 53% dos entrevistados em maio, foram 48% na última pesquisa, realizada entre 19 e 21 de junho. "Isso não altera o quadro geral, ainda é grande o número dos que votam no candidato de Lula", disse Lucchesi.

Esse resultado está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais, porém, e não significa necessariamente perda de apoio ao candidato governista. Isso porque o percentual dos que dizem que votarão no candidato de oposição a Lula permanece em 10%; o que aumentou, de 30% para 37%, foi o número dos que dizem que votarão sem levar em conta se o candidato tem ou não apoio do presidente.

Lula

Lula chega ao último semestre de seu mandato com índices recordes de aprovação. Apenas 3% dos entrevistados consideram seu governo ruim ou péssimo, e 75% o consideram ótimo ou bom.

A aprovação do modo de governar de Lula é ainda maior: 85% a aprovam e apenas 11% desaprovam (o menor nível já identificado nas pesquisas). A parcela dos que confiam em Lula cresceu, de 77% para 81%, e a dos que não confiam caiu de 20% para 15%.

Da Redação, com agências

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