Publicado no site do Fazendo Media
Por Gustavo Barreto
Por Gustavo Barreto
O nome disso é RACISMO. Vergonha do racismo da @SporTV e da @rede_globo. Governo brasileiro deveria pedir desculpas oficiais e notificar emissora.
Veja o vídeo acima e leia no texto de Cristina P. Rodrigues:
“O jornal paraguaio La Nación diz que a Laranja Mecânica foi responsável por “acallar a la soberbia brasileña”. E por “brasileira” ele se refere à Rede Globo, não ao país como um todo, como fica claro logo nas frases seguintes. A crítica se dirige especialmente à SporTV, canal fechado que pertence à emissora e que divulgou um vídeo desrespeitoso [acima] à Seleção Paraguaia e ao Paraguai, a seu povo.
O desrespeito vai além do futebol, segundo o jornal: “ironizan sobre nuestras comidas y nuestras costumbres”, em linguagem debochada. O único valor paraguaio apresentado pelo vídeo é Larissa Riquelme, a “novia del Mundial”. Além de agressivo com os paraguaios, o curta é machista. Desvaloriza todo um povo e todo um gênero. As mulheres são vistas como objetos.
A matéria se coloca ao lado de Dunga pela resistência aos abusos da Globo. E completa: “La Naranja Mecánica se encargó así de hacer justicia y dar una gran lección a quienes tienen en el corazón una rabia innecesaria hacia una nación pobre pero digna”.
Mesmo que o grau de deboche fosse exagerado pelos paraguaios, chamaria a atenção que a Globo já vem recebendo críticas internacionais por conta da sua irresponsabilidade na forma de fazer jornalismo. Mas não é o caso, a ironia é de fato extremamente ofensiva. O vídeo trata o nosso vizinho como um país desprovido de quaisquer qualidades, feio, triste, pobre. É asqueroso.
Debochar de outros países extrapola os limites do esporte, do futebol, e avança no terreno político. São as relações internacionais brasileiras, são povos, são culturas. Pode haver diferenças, mas não há como definir melhores e piores. É aí que entra o respeito. Ou deveria entrar.
A Globo transferiu a ironia que dedica à política externa do governo Lula ao futebol. Fez mal, muito mal. E ficou bem feio.”
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