quarta-feira, 28 de julho de 2010

SERRA: A ESPERANÇA NO CAOS

É nisso que ele aposta. É disso que ele gosta
Já escrevi aqui e já li em outros blogs também que os ataques de Serra não têm nada de desordenados ou desesperados. Eles fazem parte de uma estratégia. Uma estratégia de espalhar o medo e de difundir o discurso de que Dilma não teria controle sobre o PT porque Dilma não é Lula. A este propósito, tenho o exemplo de um professor amigo meu que já engoliu este argumento e diz que em Dilma não vota, pois ela, Presidenta, não seguraria o Partido. Tirando este meu colega, que tem leve inclinação à direita, eu diria que a fala do tucano não atinge, na verdade, nem se dirige àqueles eleitores que, independente da classe social, tendem a votar em Dilma. É claro que este voto já está definido, declarado. Então pergunta-se: a quem se dirige o terrorismo de Serra? Do ponto de vista do eleitor, é claro que ele fala para seu público: os conservadores, a direita, os falcões. Estas pessoas precisam ouvir que há um candidato que peita o PT, que não se submete ao nordestino, vagabundo, cachaceiro. Precisam da referência de alguém que não veja o Nordeste como prioridade para políticas públicas, precisam saber que há um candidato que no fundo acha que o bolsa família é o "bolsa esmola" e que defende o desmantelamento do Mercosul, a criminalização de Chávez e Evo e o realinhamento com  os Estados Unidos. Ao ouvir isso, esta gente tem orgasmos múltiplos. Mas Serra precisa se apresentar também como alternativa para a elite financeira, social, do empresariado. Aqueles que engolem Luis Inácio porque não têm alternativa, mas não engolem esta história de pobre comprando computador, filho de pobre com celular no bolso do jeans, estudantes pobres e/ou negros dividindo os bancos das caras faculdades que antes só seus filhos podiam cursar. Isso os incomoda um pouco.  Eleitores conservadores, classe alta, elite financeira. Se o discurso tucano mira nestas pessoas, com certeza ele as atinge. No entanto, não creio que elas consigam mudar o resultado destas eleições. Então por que a insistência no terrorismo? Primeiro, a falta de uma proposta para fazer frente às realizações do governo Lula e ao discurso pró-social de Dilma e depois, aí mora o perigo, quem sabe justificar, lá na frente, a tomada de posições radicais e inconstitucionais, para a obtenção do poder que não veio pelo voto? Na venezuela já se tentou, recentemente, e em Honduras se conseguiu, efetivamente.

By "the teacher"
Do Blog Brasil's news

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