O homem sempre foi um ser de comunicação. Nos primórdios antes de desenvolver a fala com o pouco de desenvolvimento do intelecto já proporcionava o estabelecimento de comunicação através de sons e gestos. Na medida em que se avança no tempo, além da fala, aprende a registrar mensagens através de desenhos rupestres, depois chegou-se a fase da escrita como divisor que rompe definitivamente o paradigma da transmissão do conhecimento. Mas, a escrita não chegou tão rápida e acessível a todos os povos. Nem os processos de comunicação ficaram apenas fixados nessa forma de comunicação. Cansamos de ver nas telas a representação de processos de comunicação primários como a fumaça utilizada para superar a dimensão espaço/tempo até chegar a invenção do rádio, telégrafo, telefone, televisão, telex e com o advento do computador a oportunidade de superar definitivamente a dimensão espaço/tempo através da comunicação na rede mundial – web. Como um estopim esse processo difundiu-se e criou possibilidades infinitas e derrubou os alicerces dos monopólios da comunicação de massa. Alguns fenômenos como a eleição de Barak Obama, nos Estados chamaram a atenção de estudiosos. No Brasil a internet, através dos sites, blogs e outras mídias alternativas tem assumido papel decisivo na informação e superação do modelo de apropriação dos meios, muitas vezes, servindo mais ao controle que, propriamente, a informação. Quando se fala em mídia alternativa, poucas pessoas tinham a exata extensão. Dia 21 e 22 de agosto de 2010, tal como a descoberta da escrita, ainda que de forma rudimentar e assentada sobre materiais estranhos aos dias atuais, a comunicação através desses novos meios também se constitui no rompimento entre o modelo tradicional de produção de informação e conhecimento. Inimaginável como difundiu-se. Quantos estiveram aqui? Quantos desejaram estar? Como será no próximo ano? Quantos seguidores estão aguardando “pacientemente” novidades. Quão decisivos tem sido estas ferramentas na vida das pessoas? Francamente não sei. É inimaginável fazer qualquer projeção, qualquer previsão. O que se sabe que o mundo e os meios de comunicação nunca mais serão os mesmos. Algumas décadas à frente, lá estarão estudiosos “escavando” para descobrir de quem foi a primazia e coisas do gênero, o que se sabe ser irrelevante. Interessa o efeito, a sensação que causa a constatação do feito, essa revolução pacífica que desconstituiu modelos secularizados de domínios da informação. Toda criança nasce linda mas, ninguém sabe como será no futuro. Cabe aos adultos direcionar o processo de construção dos conhecimentos e da independência. Ninguém sabe o que será da mídia alternativa, cabe a cada um, construí-la responsavelmente para que essa criança seja, no futuro, um “ser” admirável. por Hilda Suzana Veiga Settineri
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