No website da Folha de S. Paulo, hoje, o fato de Dilma ter citado casos de corrupção do governo de Fernando Henrique Cardoso, cujo Serra foi secretário da Saúde, foi classificado como ataque ao seu oponente (veja em destaque, abaixo).
Durante entrevista concedida ao Jornal da Globo, ontem, a candidata do PT à presidência lembrou de expressivos casos de corrupção, ocorridos durante a gestão de FHC, como o "vazamento da dívida dos deputados federais com o Banco do Brasil nas vésperas da votação da emenda da reeleição", "os grampos que existiram no BNDES" e "grampos feitos junto ao secretário do gabinete da República".
"Eu jamais usei esses episódios para tornar o meu adversário suspeito de qualquer coisa. Não acho correto. Agora, eu também não concordo que me acuse ou à minha campanha sem provas. Não vejo nehuma justifivativa para as acusações a não ser eleitorais", ressaltou Dilma.
"Eu jamais usei esses episódios para tornar o meu adversário suspeito de qualquer coisa. Não acho correto. Agora, eu também não concordo que me acuse ou à minha campanha sem provas. Não vejo nehuma justifivativa para as acusações a não ser eleitorais", ressaltou Dilma.
Dois pesos e duas medidas
Enquanto as denúncias contra os tucanos são vistas pelos jornalões como "ataques" à campanha de Serra, as acusações levianas do candidato tucano à presidência e seu vice ganham destaque na cobertura eleitoral. E quase sempre, as declarações de Serra e Indio da Costa (ex-PFL-RJ) são publicadas como informações exaustivamente apuradas, fatos comprovados.
Serra dará entrevista ao JG nesta noite. Porém, por razões óbvias, jamais será cobrado pelos apresentadores do telejornal a fornecer comprovações de suas denúncias. E ainda que fosse questionado, recusaria-se a responder. Afinal, foi assim que o candidato reagiu quando repórteres perguntaram se ele poderia citar quais seriam os "blogs sujos" financiados pelo governo para patrulhar jornalistas.
"Prostituta é assim mesmo, dá o preço de acordo com a cara do cliente", ouvi certa vez um homem dizer após contar uma anedota, uma analogia perfeita para explicar a relação promíscua das grande empresas de comunicação com a elite.
* O termo "velha imprensa" foi utilizado pelo jornalista Rodrigo Vianna durante o Iº Encontro de Blogueiros para conceituar o que antes era classificado como a "grande imprensa".
Do Blog Imprensa Marginal
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