Pedido de acesso aos autos do processo que levou a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, à prisão durante o regime militar, protocolado pelo jornal Folha de S. Paulo, foi negado pelo ministro do STM (Superior Tribunal Militar) Marcos Torres. O material foi retirado dos arquivos e guardado em um cofre por decisão do presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares, com intuito de evitar o seu uso político.
A Folha, que já publicou até uma ficha falsa da petista para lhe imputar um crime, entrou com um mandado de segurança, alegando a necessidade do acesso antes da votação, "para que os leitores tivessem conhecimento do passado de Dilma".
O ministro Marcos Torres, reconhecendo que jornal paulista desejava apenas cumprir com o seu dever de informar o cidadão, respondeu que o jornal poderia ter solicitado acesso ao processo anteriormente, e não às vésperas do processo eleitoral.
O acesso ao processo também foi negado à Dilma com os mesmos argumentos apresentados ao jornal paulista. Segundo o Marques Soares, um dos motivos é o "estado de fragilidade, de difícil manuseio" que se encontra o documento. "Não vou dar [acesso] a ninguém. Ela [Dilma] que entre com um mandado de segurança", afirmou.
A decisão de Torres ainda será analisada e julgada em definitivo pelo plenário do STM.
O objetivo da Folha em obter acesso ao processo antes do pleito não guarda nenhum segredo. O diário da famíglia Frias tentará, sim, levar a decisão para o segundo turno com o velho plano da "bala de prata". A insistência evidencia, ainda, que a possível carta da tanga será, conforme já antecipado por toda a blogosfera, mais uma tentativa de ligar Dilma a algum crime cometido durante a ditadura.
Ficha falsa
Veja, ainda, vídeo em que um perito comprova a falsificação da ficha de Dilma, publicada pela Folha.
Leia o artigo "Folha publicou ficha falsa de Dilma", de Luiz Antonio Magalhães, publicado no Observatório da Imprensa.
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