Vinte e dois anos após a morte do líder seringueiro Chico Mendes (foto), a família do símbolo da luta ambiental no Acre tem de conviver com seus assassinos. Após cumprirem menos de 10 anos dos 19 de condenação, os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darci Alves Pereira foram libertados e vivem em Xapuri, cidade do interior do Acre onde o seringueiro foi morto.
A viúva Ilzamar Mendes reclama da convivência.
- Temos de conviver com esses assassinos.
Embora a família Mendes viva em Rio Branco, capital acreana, é comum as viagens para Xapuri, onde foi criada uma fundação para preservar a memória de Chico Mendes na casa onde moravam quando o seringueiro foi morto.
- Quem perdeu o pai, o marido e o líder foram minha família e os trabalhadores rurais.
Os fazendeiros mantêm propriedades e criação de gado na região. Assim, os encontros da família de Chico Mendes com os assassinos são comuns, em praça pública, em prédios públicos e em bancos.
- As fazendas deles só aumentaram nos últimos anos. Todos vivem muito bem, nem enfrentam fila em banco, são clientes preferenciais.
A trajetória de Chico Mendes foi marcada pela luta em defesa da floresta e do fim da exploração dos trabalhadores rurais. Após a desapropriação de uma propriedade de Darly e das constantes ameaças de morte, o líder seringueiro foi assassinado em 22 de dezembro de 1988, aos 44 anos.
Do Portal R7
2 comentários:
Para quem não conhece a história do assassinato de Chico Mendes, recomendo a leitura do livro "Chico Mendes: Crime e Castigo", do jornalista Zuenir Ventura. Na verdade, para quem conhece também. O livro é muito bom.
Abraços, professor!
E muito obrigado pela visita ao Imprensa Marginal.
Olá, Humberto!Bom dia!
Obrigado pela dica. Eu, na realidade, já ouvira falar desse título, mas ainda não tive oportunidade de lê-lo.
Grande Abraço!
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