domingo, 24 de outubro de 2010

Eduardo Campos é alvo de bolinha de papel durante entrevista. Para João Paulo, episódio com Serra foi ''teatro de péssima qualidade''

A polêmica envolvendo a agressão sofrida pelo candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) e uma bolinha de papel voltou a ser lembrada em ato promovido pela Frente Popular de Pernambuco na manhã deste domingo (24). Desta vez, o governador reeleito Eduardo Campos (PSB) foi alvo de uma bolinha no fim da carreata a favor da presidenciável Dilma Rousseff (PT). O objeto não chegou a atingir Campos que reagiu sorrindo.

A carreata já havia terminado e o governador conversava com jornalistas na porta da van que o levaria embora quando alguém lançou a bolinha. O governador sorriu, mas não comentou o caso.

O coordenador estadual da campanha, deputado federal eleito João Paulo (PT), que na caminhada da última sexta-feira (22) cabeceou uma bolinha atirada em sua direção, qualificou a agressão sofrida por Serra como ''teatro de péssima qualidade'', mas considerou o episódio negativo para ambos os lados. "A história da bolinha é ruim para todo mundo, mas eu acho que ficou pior para Serra porque ficou parecendo uma cena teatral mal feita. Teatro de péssima qualidade. Normalmente o sentido da arte do teatro é relatar a vida. Ali foi uma coisa falsa. Pegou muito mal para ele, mas também para a política", avaliou.

José Serra foi agredido na última quarta-feira (20), no Rio de Janeiro. O político do PSDB alega ter sido atingido por uma bobina de adesivos, enquanto os petistas afirmam que foi apenas uma bola de papel. Serra chegou a procurar um médico e fazer uma tomografia.

Na carreta, militantes apareceram com bandagens na cabeça e bolinhas de papel afixadas a elas. Outros trouxeram radiografias com uma bolinha afixada.

Um protesto que não deu para entender se era a favor ou contra foi realizado por três homens que jogaram pó de serra na Avenida Boa Viagem. 

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