Serra nega direcionamento, mas admite possível "acordo" entre construtoras do metrô
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, negou ter havido "direcionamento" em uma licitação do metrô de São Paulo aberta em outubro de 2008, quando o tucano era governador do Estado. A Folha de S.Paulo informou nesta terça-feira (26) que o resultado da licitação já era conhecido seis meses antes da divulgação oficial dos vencedores, anunciada na última quinta-feira.
"Direcionamento não houve. Pode ter havido acordo de construtoras, e eu creio que o governador Goldman vai instaurar agora uma investigação incluindo, inclusive, o Ministério Público, para ver se houve acordo entre as empresas", disse nesta terça-feira (26) em visita às obras no estádio do Maracanã, na capital fluminense.
"Eu lembro que foi feita uma licitação, foi depois do meu governo, foi feita uma licitação que foi cancelada porque os preços não eram bons para o Estado, que queria preços mais baixos. Foi feita depois uma outra concorrência, que teve preços menores. Portanto, o interesse do Estado foi defendido", prosseguiu o presidenciável, que já havia tocado no assunto mais cedo nesta terça. "Não sou mais governador", disse então.
Estatal do governo paulista, o Metrô suspendeu e mandou refazer todo o processo licitatório em abril deste ano, mês em que Serra deixou o cargo de governador para disputar o Palácio do Planalto. A companhia afirmou que irá investigar o caso. Os consórcios vencedores do processo também negaram "acertos" ou irregularidades.
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