quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Advogado do Wikileaks: ordem de prisão da Interpol ligada à reação dos EUA

O advogado britânico do fundador do WikiLeaks Julian Assange afirmou nesta quarta-feira que o pedido de prisão emitido contra seu cliente pela Interpol por um suposto caso de estupro pode estar ligado à reação de Washington depois da divulgação das mensagens diplomáticas americanas.
“Não temos provas de uma conexão entre as acusações de agosto (contra Assange na Suécia) e a emissão de uma notificação da Interpol apenas dois dias depois da primeira divulgação das mensagens diplomáticas por parte do WikiLeaks”, declarou o advogado Mark Stephens em um comunicado difundido em Londres.
“No entanto, é muito incomum que se emita uma notificação vermelha em relação às acusações” (que pesam contra Assange), opinou.
“Estamos investigando também se o pedido do promotor (sueco) de que Assange seja detido sem acesso a advogados, visitantes e outros presos está ligado a esse assunto (os vazamentos do Wikileaks) e as declarações recentes e bastante belicosas dos Estados Unidos de uma intenção de processar Assange”, acrescentou jurista.
Stephens acusou a justiça de perseguir seu cliente, afirmando que Assange tentou se reunir-se com o promotor, mas que seus pedidos foram ignorados ou rejeitados.
O advogado não informou o paradeiro de seu cliente, que, segundo jornais britânicos, poderia estar escondido no Reino Unido.
Em 18 de novembro, a polícia sueca emitiu uma ordem de busca e captura contra Assange para interrogá-lo por suspeitas de estupro e agressão sexual num caso que remonta ao mês de agosto. Aqui.

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