Está no ar, no site do WikLeaks, uma série de documentos que mostra os bastidores do acordo que Brasil e Turquia encabeçaram com Irã neste ano. O objetivo era refrear o enriquecimento de urânio pelo Irã, que alguns países acusam de ter ambições nucleares.
O acordo – que estabelecia que o Irã enviaria urânio levemente enriquecido para o território turco em troca de urânio enriquecido a 20% – foi assinado em maio deste ano, mas não foi acatado pelo Conselho de Segurança da ONU, que impôs uma nova rodada de sanções contra o país.
Os documentos publicados pelo WikiLeaks revelam, entre outras coisas, que a diplomacia americana sempre acompanhou de perto a relação entre Brasil e Irã, que os diplomatas brasileiros mantiveram uma posição cética sobre os iranianos e chegaram a aceitar apoiar “discretamente” uma nova rodada de sanções se o acordo não saísse.
Também mostram que o Irã usou o Brasil como desculpa para não assinar o protocolo adicional ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, alegando que estava simplesmente fazendo ao mesmo.
Os documentos em inglês podem ser lidos aqui.
Leia também um telegrama do consulado de São Paulo sobre o caso do menino Sean Goldman, que foi levado para os EUA, terra natal de seu pai, em 24 de dezembro do ano passado.
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