Eu estava me segurando para não escrever nada sobre o assunto “Feminazi” que causou um rebuliço na blogosfera dita progressista, só que não dá para se calar quando vejo um colega recebendo um linchamento desproporcional. O episódio é decepcionante, só serviu para desgastar os personagens envolvidos, e mesmo que exista boa vontade por parte de quem está escrevendo, alguma colocação pode exaltar ainda mais os ânimos, já sensibilizados com o que já aconteceu até aqui.
Para quem ainda não conhece o caso, a equipe do blog do Nassif publicou como post um comentário que usava o termo que era considerado ofensivo às feministas. O Nassif não reagiu bem a algumas reclamações e as reações contra o post aumentaram. Houve exagero contra a posição do Nassif (pessoalmente acho que é direito dele publicar o que quiser no seu blog). O blogueiro Idelber Avelar entrou na discussão, na minha opinião, de forma indevida porque em vez de propor o debate mais amplo, extrapolou nas críticas ao Nassif. O Nassif por sua vez escreveu um post muito oportuno, onde reconhecia seus erros e se justificava pelas suas opções. Era uma excelente situação para todos abaixarem as armas e resolverem na discussão.
Nessa hora alguém interessado em cooperar teria usado a experiência para dialogar com as partes, acalmar os ânimos e propor soluções para evitar um desgaste maior. O que fazem alguns deles? Como uma manada, vários blogueiros próximos escreveram posts atacando Idelber e insinuando que as intenções dele era desagregar a blogosfera, cometendo contra o rapaz o mesmo erro que cometeram contra o Nassif.
O pior é que, como o exemplo vem de cima, esses posts estimularam muitos blogueiros e usuários de redes sociais a fazer o mesmo, tomando partido em vez de mediar uma solução, fomentando a divisão que eles estavam acusando o outro de fomentar. Infelizmente, na blogosfera existe esse efeito manada porque muitos blogueiros se comportam mais como fãs de blogueiros mais conhecidos do que como um indivíduo independente no coletivo.
Só quem se salvou nesse caso foi o Nassif, porque além de reconhecer quando errou ele não foi leviano, agressivo ou desagregador em nenhum momento. Ainda tenho respeito pelos atores envolvidos, mas a admiração caiu como uma chumbada de pesca. Ao Idelber faltou a mesma autocrítica que o Nassif teve, aos outros que se meteram para jogar lenha na fogueira, semancol.
Para alguns faltou tolerância a opinião divergente, o que é uma incoerência grande para progressistas e procurar entender a diferença que existe entre os blogs e o direito do blogueiro de escolher sua pauta gostem dela ou não. Para outros está faltando contato com a crítica, com o contraponto, pois parecem irritados quando não alcançam a unanimidade, e na blogosfera elogios diários a um blogueiro pode inflar o seu ego até o ponto dele achar que todos que discordam estão a serviço do mal.
Esse velho punk que vos escreve tem o moicano abaixado, mas continua arredio a cabrestos. Se quiserem um companheiro para engrossar o coro e lutar por uma blogosfera respeitada pode contar comigo, se quiserem alguém para engrossar a claque de palmas de fãs que nunca contestam, eu estou fora. Depois disso tudo que aconteceu nesses últimos dias e com o comportamento equivocado de alguns atores acho melhor me chamarem apenas de blogueiro, sem rótulos, sem grupos. Os amigos navegantes que visitam nosso blog sabem que aqui não tem intolerância a opinião divergente, demonização de colegas blogueiros e comentaristas e nem auto-elogio do tipo eu fiz, eu faço e outras demonstrações de ego que não cabe mais no invólucro.
Do Blog do LEN [coeditor do Terra Brasilis]
Um comentário:
Resumindo:
Idelber, vá tomar no ....!
Cria juizo, rapaz!...
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