O jornal norueguês Aftenposten informou ontem ter conseguido todos os mais de 250.000 arquivos com telegramas diplomáticos americanos que vêm sendo divulgados paulatinamente pelo site WikiLeaks, dedicado ao vazamento de documentos secretos.
Ole Erik Almlid, editor do Aftenposten, disse que o jornal não imporá nenhuma restrição quanto ao uso desse material e publicará reportagens citando os telegramas na medida em que julgar o caso relevante. Ainda de acordo com ele, trechos de documentos originais também serão divulgados no site do jornal na internet, independentemente de eles terem ou não sido publicados antes no site do WikiLeaks.
Almlid recusou-se a revelar como o jornal obteve os documentos, mas disse que a direção do jornal não pagou por eles. Até o momento, o WikiLeaks divulgou apenas cerca de 2.000 dos mais de 250.000 telegramas de que dispõe. As cinco publicações parceiras do site - The New York Times, The Guardian, Le Monde, El País e Der Spiegel - só divulgam as informações no momento em que os documentos são postados na home page do site.
"Faremos a publicação dos textos de acordo com critérios estabelecidos por nós mesmos", afirmou o editor.
Israel. O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou em entrevista à emissora de TV do Catar Al-Jazira que publicará em breve "centenas de documentos sensíveis sobre Israel". Assange negou ter feito um "acordo secreto" com os israelenses e prometeu informações sobre a ofensiva de Israel no Líbano, em 2006, e o assassinato do dirigente do Hamas Mahmud al-Mabhub, atribuído ao Mossad. Al-Mabhub foi morto em janeiro, num hotel em Dubai.
Nos primeiros dias da publicação de documentos, Israel afirmou que os papéis do WikiLeaks provavam o quanto o Irã representava uma ameaça para todo o Oriente Médio. / AP
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