terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Liberte-se...


O homem é uma maravilha da criação divina. Embora todos os avanços da ciência tentem decifrar a combinação perfeita para recriar algo, pelo menos, semelhante ao ser humano, as limitações ficam evidentes.

Em caminho oposto o homem aos poucos vai perdendo as mais elementares características que o distinguem das demais criaturas e das criações da própria inteligência humana.

Autômato repete rotinas e fecha os ouvidos e olhos a realidade de mundo. Tornou-se sectário serve a determinados objetivos apenas e pouco serve para si e as pessoas que estão próximas.

Os benefícios do progresso são inegáveis e, ninguém em sã consciência iria pedir um abandono ou o retorno as formas mais primitivas de convivência social.

O esvaziamento do ser humano, no entanto, faz com que há plausibilidade, ainda que pareça um despropósito. Imaginar uma sociedade sem jornal, rádio, televisão e internet?

Claro que não, mas bom senso na utilização e regras mínimas de convivência, em outras palavras, trazer o homem do mundo virtual em um retorno fenomenal ao mundo real.

Desconectar. É preciso que o homem tenha, na sua jornada diária, alguns minutos para si, desligando-se das influências externas. Desconectar para que o homem tenha alguns minutos para sentar e ouvir seu filho.

Quantas histórias tem deixado de participar, isola-se no seu mundo imaginário e não sociabiliza-se. Não há tempo para sentar e degustar a sua refeição com tempo suficiente para saciar a sua necessidade, atropela.

Não há tempo para, na sua primeira hora, alimentar-se adequadamente, já está pensando no que vai fazer em seguida. Não há tempo, parece que essa resposta é um eco que teima em afirmar uma realidade existencial pobre de experiências afetivas.


Ah! Mas, tem rede social e se estabelecem relacionamentos virtuais. Sim, mas comunicação é, sobretudo, troca de um tipo de energia única que os seres com vida são capazes de transmitir, o espaço virtual se assemelha a uma fantasia.

Não há tempo. Esse eco tende a se repetir e os autômatos dispostos a cumprir a senda traçada apenas por uma determinação que são incapazes de contestar. É preciso que alguém suba no local mais alto e com todas as suas forças, grite: pare!

Desconecte-se! Doe um instante para sua vida. Vai corra até onde está a pessoa mais querida e de um abraço, com a mente aberta, limpa. Sinta-se re-nascendo. Apesar de tudo, ainda há esperança para a vida.

Liberte-se. Ouse, seja corajoso e se desconecte-se alguns minutos por dia, socialize-se e prepara-esse para voltar a ser – novamente – humano.

Hilda Suzana Veiga Settineri

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