A história do Brasil relata alguns episódios no qual a má-governança levou a uma situação, na gestão seguinte, de aparente caos.
Isso ocorreu com a energia elétrica e uma série de blackout que levaram o país a temer por novos investimentos ante a insegurança em relação a este meio essencial ao desenvolvimento.
A idéia de apagão tem origem nesses fatos. No momento em que o país aumenta a sua capacidade de produção, expande tanto qualitativa quanto qualitativa e com isso, ganha mercados, eis que surge a dúvida sobre um eventual apagão logístico.
A palavra logística indica uma estrutura de suporte e abastecimento, muito comum nas campanhas militares e que foi incorporada ao planejamento pela iniciativa privada e posteriormente também, pelos Estados.
Toda essa celeuma decorre da situação da malha viária do país, e, principalmente de estados grandes produtores de grãos como Mato Grosso. No entanto, o que se observa é um alarde infundado.
As estradas estão sendo melhoradas e, sendo criadas outras opções para o escoamento da produção, como a ferrovia, por exemplo.
Mas, não se deve esquecer ainda, a série de projetos de utilização da capacidade hidroviária brasileira que se encontra em estudos.
Evidente que, havendo um aumento de produção podem ocorrer situações que precise e muito de estratégias para evitar a formação de gargalos, não se justificando exageros desses temores. Por outro lado, evidencia que o país deve ensejar junto ao campo uma política de silos e armazéns, nas regiões produtoras, para servirem de reguladores de mercado.
Apesar do governo Dilma ser uma seqüência do modelo implantado por Lula, ainda assim, é preciso paciência, imagino, alguns meses, para que toda a engrenagem se ajuste e funcione adequada e suficientemente para atender aos interesses da nação brasileira.
O que marcou o governo Lula foi a adoção de soluções simples, objetivas e executáveis, essa será também a tônica das decisões que a presidente Dilma implementará ao seu estilo de comando.
Não haverá surpresas, nem soluções mágicas, mas, a utilização da ponderação e da razoabilidade para adotar o caminho, a política pública mais adequada.
As soluções de logística de produção não se resolvem isoladamente por Estado, mas integrando-os, para que tanto a produção quanto o abastecimento possam ser atendidos da melhor forma ao interesse público.
Hilda Suzana Veiga Settineri [coeditora do Terra Brasilis]
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