A feudalística idéia de que bons governantes serão aqueles com experiência afasta o novo. A democrática concepção de alternância de pessoas para oxigenar o processo democrático e permitir a todos a condição de contribuir com a sociedade, encontra-se refém de domínios construídos ao longo do tempo pela alienação, pelo poder econômico e pela estrutura burocrática e legal que teimosamente protege grupos e pessoas que dinasticamente exercem o controle de partidos políticos.
Repare bem quem são os pré-candidatos que estão se lançando em Cuiabá: empresário sem nenhuma tradição com as causas comunitárias; apresentador de TV e dono de construtora e de hospital.
Hoje, vamos falar de empresário que fatura alto, tem fama de grande administrador e nenhuma tradição em responsabilidade social.
Na sociedade moderna o capitalismo selvagem vem perdendo espaço para atividades de empresas conectadas as causas e soluções da região de sua atuação devolvem parte dos seus lucros na forma de benefícios para a coletividade incidindo principalmente na qualidade de vida.
Nesse diapasão não se almeja nenhuma forma de publicidade, propaganda ou vantagem direta por essa iniciativa.
Sendo pessoas com tantos interesses particulares e em nenhum outro momento ter dado nada a comunidade, há que se pensar: Porque justo agora na administração pública esta pessoa iria olhar os mais necessitados e as causas sociais?
Quais seriam os interesses que permitiriam “sacrificar” suas atividades para “doar-se” a administrar um município?
“Puro idealismo”!!!!. Acredite se quiser.
Ao que parece a classe que detém os meios de produção, o capital, agora quer também exercer o controle político, mesmo que para isso, preciso transmutar-se permanentemente ora com um grupo político partidário, ora com outro, sempre buscando aquele que lhe é mais vantajoso. Na próxima eleição com quem estarás?
Hilda Suzana Veiga Settineri
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