É ruim quando temos que voltar a assuntos já tratados, este em particular me acompanha desde 1977, quando publicamos (grupo que comandava o DCE-UFRGS) uma crítica ao assunto - infelizmente não tenho o texto para disponibilizar, mas o título era Horror à Diferença e saiu no jornal do Manifesto após o racha com a Nova Proposta*.
Já na blogosfera fiz publicações sobre o mesmo tema desde 2007.
É impressionante como é quase inexistente a cobertura dos para-eventos.
E vejam que o Brasil já há algum tempo vem se tornando destaque nesta área.
Em 2007, (nota acima) fomos o 1 lugar nos Jogos Para-PanAmericanos e este ano conquistamos o inédito 3 lugar no mundial de para-atletismo realizado na Nova Zelândia.
A diferença de cobertura é gritante, não há acompanhamento de equipes de reportagem ao evento, os vencedores não são paparicados nos diversos programas esportivos de nossas emissoras e, para que os interessados possam acompanhar nosso desempenho temos que ficar garimpando curtas notas nos tele-jornais e nos programas desportivos.
Nada de chamarem nossos HERÓIS em programas de entrevistas ou acompanharmos sua chegada triunfal ao país que muito souberam engrandecer aos olhos do mundo.
Para terem idéia, leiam Brasil bate recorde de medalhas no Mundial de Para-Atletismo e também André Oliveira: o destaque brasileiro no Para-Atletismo.
Que edificante para nossa juventude se os exemplos de superação, de determinação, de força de vontade poderiam estar sendo passados ao invés do dito zoológico humano (Pedro Bial) do BBB. Neste, apesar de colocadas diversas pessoas com diferenças - nivela-se pelo que de pior há no relacionamento humano. Inveja, mentira, subterfúgios, torpezas - com a única e "elevada" razão de se apossar dos prêmios.
Nas poucas inserções que apareceram na telinha chegamos a ver a extrema alegria destes valorosos guerreiros - estes sim são GUERREIROS, são HERÓIS com letras maiúsculas. Podemos ver quebras de protocolo, gestos de altruísmo, como o da corredora cega dividindo suas medalhas com seus "olhos", que a acompanham na vitória.
Nas poucas inserções que apareceram na telinha chegamos a ver a extrema alegria destes valorosos guerreiros - estes sim são GUERREIROS, são HERÓIS com letras maiúsculas. Podemos ver quebras de protocolo, gestos de altruísmo, como o da corredora cega dividindo suas medalhas com seus "olhos", que a acompanham na vitória.
Luiz Antonio Franke Settineri
* Fomos eleitos em 1976 na chapa Nova Proposta, rachamos e criamos o grupo Manifesto que durou mais alguns anos atuando no ME.
Fotos pescadas na internet.
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