segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Papo com um funcionário americano

Há alguns dias tive um papo bem informal com um integrante da missão americana no Brasil.

Para minha surpresa, ele não se irritou quando me apresentei, e me recebeu entusiasmadamente. Fora do pequeno círculo do alto escalão dos EUA no Brasil, o meu interlocutor tinha liberdade para ver o vazamento do WikiLeaks “de uma maneira ambígua”, como ele definiu.

“Até agora, não vi nada de tão sério como estão pintando”, disse ele. “Na verdade, acho que os diplomatas têm que entender, afinal, foi aquilo mesmo que eles escreveram. Ficamos muito aborrecidos quando saem mentiras sobre nós, mas tudo aquilo é verdade!”.

Para ele, a coisa mais grave publicada até agora foi o fato de que muitos líderes do Oriente Médio tratam o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad como desafeto, e costumam pedir ajuda aos americanos para minar a sua influência.

O maior impacto dentro da missão americana foi mesmo o trabalho dobrado no final do ano, para atender à demanda dos jornalistas. “É todo dia. Eu acho que deviam parar de atender, deixar a história sair sem comentar mais nada”.

Feliz da vida com o fim do ano de trabalho duro, ele ainda me convidou a visitar os Estados Unidos. “Você vai amar San Francisco!”, garantiu. 

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