Revoltosos na Tunísia |
Mesmo depois da queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali, novas manifestações levaram milhares de pessoas às ruas de Túnis, capital da Tunísia, nesta terça-feira (18/01). Eles não concordam com a composição do governo de transição, anunciada na véspera, que manteve aliados do ex-presidente, considerado foragido, em postos estratégicos. A polícia usou bombas de gás lacrimogênio, cassetetes e escudos para tentar dispersar os manifestantes.
Na segunda-feira (17/01), o primeiro-ministro, Mohammed Ghannouchi, anunciou a composição de um governo de coalizão para conduzir o país até as próximas eleições, daqui a seis meses. Ele manteve-se no cargo, bem como os titulares das pastas do Interior, de Relações Exteriores e da Defesa. Três líderes oposicionistas foram indicados para os ministérios da Educação Superior, da Saúde e do Desenvolvimento.
Entretanto, três dos indicados já desistiram dos cargos, depois que a maior central sindical do país, a União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT, na sigla em francês), decidiu não reconhecer o novo governo de transição.
O ex-presidente Ben Ali deixou o poder na sexta-feira (14), ao fugir do país e refugiar-se na Arábia Saudita. Ele presidia a Tunísia desde 1987. Depois da queda de Ben Ali, o governo tenta manter-se no poder, prometendo reformas econômicas e políticas, legalização de partidos, fim da censura e libertação de presos políticos.
Hoje, desembarcou em Túnis o líder político Moncef Marzouki, que passou os últimos 20 anos exilado em Paris. O partido dele foi banido pelo antigo regime.
Há cerca de um mês, estudantes, profissionais liberais e desempregados iniciaram uma onda de protestos contra o governo por causa dos altos índices de desemprego e da elevação repentina dos preços. Mobilizados pela internet, os protestos logo voltaram-se contra a falta de liberdade de expressão.
A possibilidade dessa onda de protestos se espalhar pelos demais países árabes do Norte da África é considerada possível, mas não necessariamente provável, pelos analistas internacionais. “Já tivemos o caso da Argélia, com violência nas ruas. Agora temos a Tunísia e preocupações também no Egito [que também enfrenta protestos contra o governo]”, disse Aly Jamal, doutor em relações internacionais e especialista em conflitos africanos do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique. “Mas cada país tem sua especificidade”, ressalvou.
Ele lembra que, em outras ocasiões, o Egito passou por pressões populares e Hosny Mubarak, presidente desde 1981, soube equilibrar as tensões. “Vai ser uma correria para reduzir os níveis de dificuldades do dia a dia e, eventualmente, evitar que a situação atinja o nível de explosão.” [Opera Mundi]
Na segunda-feira (17/01), o primeiro-ministro, Mohammed Ghannouchi, anunciou a composição de um governo de coalizão para conduzir o país até as próximas eleições, daqui a seis meses. Ele manteve-se no cargo, bem como os titulares das pastas do Interior, de Relações Exteriores e da Defesa. Três líderes oposicionistas foram indicados para os ministérios da Educação Superior, da Saúde e do Desenvolvimento.
Entretanto, três dos indicados já desistiram dos cargos, depois que a maior central sindical do país, a União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT, na sigla em francês), decidiu não reconhecer o novo governo de transição.
O ex-presidente Ben Ali deixou o poder na sexta-feira (14), ao fugir do país e refugiar-se na Arábia Saudita. Ele presidia a Tunísia desde 1987. Depois da queda de Ben Ali, o governo tenta manter-se no poder, prometendo reformas econômicas e políticas, legalização de partidos, fim da censura e libertação de presos políticos.
Hoje, desembarcou em Túnis o líder político Moncef Marzouki, que passou os últimos 20 anos exilado em Paris. O partido dele foi banido pelo antigo regime.
Há cerca de um mês, estudantes, profissionais liberais e desempregados iniciaram uma onda de protestos contra o governo por causa dos altos índices de desemprego e da elevação repentina dos preços. Mobilizados pela internet, os protestos logo voltaram-se contra a falta de liberdade de expressão.
A possibilidade dessa onda de protestos se espalhar pelos demais países árabes do Norte da África é considerada possível, mas não necessariamente provável, pelos analistas internacionais. “Já tivemos o caso da Argélia, com violência nas ruas. Agora temos a Tunísia e preocupações também no Egito [que também enfrenta protestos contra o governo]”, disse Aly Jamal, doutor em relações internacionais e especialista em conflitos africanos do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique. “Mas cada país tem sua especificidade”, ressalvou.
Ele lembra que, em outras ocasiões, o Egito passou por pressões populares e Hosny Mubarak, presidente desde 1981, soube equilibrar as tensões. “Vai ser uma correria para reduzir os níveis de dificuldades do dia a dia e, eventualmente, evitar que a situação atinja o nível de explosão.” [Opera Mundi]
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