quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

The Economist: Dilma apresenta começo de governo promissor

Editorial da revista inglesa "The Economist" desta semana avalia que a presidente Dilma Rousseff apresentou um começo de governo promissor.

"Rousseff claramente pretende ser uma administradora eficiente. O que os próximos meses irão mostrar é se ela também tem habilidade política para extrair uma reforma de uma voraz coalizão do Congresso. Ela tem as qualidades de uma boa presidente. Mas, os testes reais ainda estão por vir", afirma a publicação.

O texto afirma que, quando Dilma foi eleita, existia a dúvida de ela ser ideologicamente mais esquerdista que o pragmático Lula. "A evidência das suas seis primeiras semanas é reconfortante."

A revista cita o crescimento econômico e o progresso social do governo Lula, mas lembra a falta da reforma tributária.

"Dilma Rousseff chegou ao poder com uma plataforma de continuidade. Mas, ela também herdou uma economia superaquecida com inflação acelerada e indústrias gritando contra a valorização do real", diz o editorial, que lembra o julgamento que a presidente passará por conta da Copa do Mundo de 2014.

"The Economist" diz que Dilma é uma pessoa diferente de Lula evitando os holofotes. Mas, até agora tem passado para auxiliares seus recados de forma clara.

Além de fazer uma referência à mudança da política externa de Dilma em relação ao antecessor, a publicação lembra que a principal avaliação sobre ela será na questão econômica.

"Ela pode sustentar um crescimento mais rápido sem sacrificar a estabilidade econômica? Aqui a tarefa não é fácil", avalia a revista.

O editorial afirma que dois fatores positivos do início do governo foram o corte no Orçamento e a disposição de nomear técnicos em vez de só indicados de aliados do Congresso.

Outra reportagem da revista na mesma edição relata a vitória de Dilma ontem na Câmara ao impor o salário mínimo de R$ 545.

O texto ainda fala do corte de R$ 50 bilhões e do equilíbrio que a presidente deve buscar para continuar o crescimento sem alta da inflação.

"Dilma Rousseff já descartou cortes não apenas em programas sociais, como o Bolsa Família, um benefício em dinheiro que vai a 12 milhões de famílias pobres, mas também nos gastos de infra-estrutura. Ela pode recorrer a novos impostos. Mas, alguns analistas acham que ela vai se virar para a investidores privados para financiar melhorias nos transportes." 

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