quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Explode coração!

Moro em Fortaleza. Mais do que isso, como bem disse o professor Mourão Cavalcante em artigo publicado aqui, no último sábado, vivo em Fortaleza. Sou testemunha de seus problemas e virtudes. E de como as opiniões sobre a atual administração são díspares. Uma coisa é para mim evidente: como os cidadãos de classe média – aí incluídos os jornalistas – acham que o mundo em que circulam é a única realidade existente.

Como componente destas duas vertentes sociais – classe média e jornalista – compreendo esta limitação. São quatro os principais pilares da gestão Luizianne Lins: transporte, habitação, saúde e educação. Não ando de ônibus, não moro em área de risco, não uso postos de saúde e nem tenho parentes em escolas municipais. Minha visão da gestão torna-se parcial. Se tem buraco e lixo, que é o que chega à minha visão, a administração não presta.

Desta forma, não adianta me dizerem que Fortaleza reduziu 13 áreas de risco, com o maior programa de habitação popular de sua história, tirando 2500 famílias da lama. Ou que a tarifa de ônibus é a mais barata do país, incluído mais 17% de pessoas que sequer conseguiam usufruir dos coletivos. Ou que Fortaleza é a capital que mais investe em saúde, que toda a rede de postos de saúde foi reformada e ampliada, com capacidade de atendimento alargada para noites e finais de semana, além da contratação de novos profissionais. Ou que praticamente acabamos os anexos, damos fardamento gratuito e merenda de qualidade para 240 mil alunos, a terceira maior rede municipal do país.

Temos quase mil ocorrências registradas pela Defesa Civil – por sinal estruturada na gestão Luizianne Lins – resultado de chuvas atípicas pelo tempo e intensidade. A cidade sofreu com alagamentos, lixo espalhado pela ação das águas e transtornos de trânsito, decorrente de inúmeras obras. É natural que o professor tenha achado a cidade mal cuidada, embora seja mérito desta gestão nenhuma catástrofe ter ocorrido nos últimos seis invernos. Para se ter uma ideia, em 2004 choveu metade do volume de 2009. Foram cinco mil pessoas atingidas e quatro mortes.

Respondendo pontualmente, a prefeita despacha com seu secretariado.Trabalha de manhã, de tarde e de noite, os secretários falam sempre quando solicitados e fazemos pesquisas quantitativas e qualitativas com regularidade. Temos consciência de nossas conquistas e falhas. Sabemos, por exemplo, que comparados todos os índices com a administração Juraci, esta gestão é muito melhor. E quando as muitas obras forem entregues, Fortaleza será outra, com seu coração explodindo de orgulho.

Waldemir Catanho - Coordenador de Articulação Política da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Fonte da matéria: O Povo.

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