Lideranças palestinas mostraram-se decididas, este sábado, a obter uma condenação da ONU à colonização israelense, apesar do veto americano da véspera no Conselho de Segurança a um projeto de resolução árabe.
"A diplomacia palestina ganhou uma autêntica batalha com o voto a favor de 14 países do Conselho de Segurança, condenando a colonização dos Territórios palestinos e declarando-a ilegal, embora os Estados Unidos tenham utilizado seu direito de veto", disse o presidente palestino, Mahmud Abbas.
Abbas falou em um encontro com universitários palestinos na sede da presidência da Autoridade Palestina, em Hamallah.
Na sexta-feira, os Estados Unidos fizeram uso de seu direito de veto para impedir um projeto de resolução, apoiado por 130 países, que afirmava que "as colônias israelenses estabelecidas nos territórios palestinos ocupados desde 1967, incluindo Jerusalém oriental, são ilegais e constituem um grande obstáculo para a obtenção de uma paz justa, duradoura e global".
"Nossa decisão é ir à Assembleia Geral das Nações Unidas para que adote uma resolução de condenação da colonização e afirme sua ilegalidade antes de voltar ao Conselho de Segurança para apresentar um projeto de condenação da colonização", declarou, por sua vez, à AFP Yasser Abed Rabo, secretário geral do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
"O veto americano não nos impedirá a nos dirigirmos às instituições internacionais e não deterá a nossa vontade de liberdade e independência", acrescentou Abed Rabo.
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