Ex-diretor da Dersa no governo de Serra e personagem da campaanha eleitoral é suspeito de enriquecimento ilícito
O promotor de Justiça Roberto Antonio de Almeida Costa requisitou da Secretaria de Estado da Justiça cópias das declarações de rendas e bens do engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa. O promotor investiga suposto enriquecimento ilícito.
Em outro ofício, encaminhado diretamente ao próprio engenheiro, o promotor o questiona se ele abre mão do sigilo bancário e fiscal espontaneamente. O promotor também requereu da Secretaria de Estado dos Transportes documentos relativos às atividades exercidas pelo engenheiro, cargos exercidos e atas respectivas da Dersa.
Almeida Costa atua na Promotoria do Patrimônio Público e Social, unidade do Ministério Público que investiga violações à Lei de Improbidade que resultem em danos ao erário. O promotor abriu inquérito civil para investigar se Souza e familiares dele se beneficiaram de contratos firmados pela Dersa com empreiteiras, por meio de triangulações.
Souza trabalhou na Dersa entre 2007 e abril de 2010, quando o governador era José Serra (PSDB), e foi exonerado por Alberto Goldman. Tornou-se personagem da campanha eleitoral ao ser acusado pela revista IstoÉ de ter sumido com R$ 4 milhões, que teriam sido arrecadados em nome do PSDB.
Máquinas. Um contrato sob suspeita, no valor de R$ 91 mil, teria favorecido a empresa Peso Positivo, cujos sócios são um genro e a mãe de Souza. Essa empresa foi contratada por um consórcio para locação de máquinas para obras do Rodoanel.
"Doutor Paulo não tem qualquer receio em relação a seus dados bancários e fiscais", reagiu o advogado José Luís Oliveira Lima, que defende o ex-diretor da Dersa. "A postura do doutor Paulo Vieira à frente da diretoria da Dersa foi pautada sempre pela legalidade e pela ética." As informações são do Estadão.
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