Documentos divulgados neste sábado (19/01) pelo Wikileaks revelam que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e seu marido, Jorge Murad, fizeram operações secretas no banco Julius Baer das Ilhas do Canal e Ilhas Virgens, dois conhecidos paraísos fiscais. As informações são do jornal brasileiro O Globo, que teve acesso à lista antes do site divulgá-los na página oficial.
Na segunda-feira (17/01), o executivo suíço Rudolf Elmer entregou para Julian Assange parte da lista com nomes de dois mil empresários e políticos acusados de movimentação de dinheiro de origem suspeita.
No caso de Roseana e Murad, as transações teriam sido feitas com a Coronado Trust-JBTC, uma empresa aberta nas Ilhas Virgens para gerenciar a Coronado Trust e, assim, dificultar mais a identificação dos verdadeiros donos do negócio. De acordo com os documentos, o repasso de 10 mil dólaresem nome do casal foi feito em 27 de setembro de 1993, ano no qual o casal fundou a empresa, que ficou aberta ate 1999.
Além de Roseana e Murad, entre os brasileiros da lista de Elmer estão ainda Luiz Fernando da Cruz Secco e Sônia Silva da Cruz Secco, destinatários de 900 mil dólares. Os dois são do Rio de Janeiro. O nome da Fabus Foundation, cujo contato é José Diniz de Souza, beneficiário de 900 mil dólares, também aparece na lista.
Procurados pelo jornal O Globo, Roseana e Jorge Murad confirmaram a existência da Coronado Trust. Segundo o advogado da governadora, Antônio Carlos de Almeida Castro Murad a Trust não recebeu ou repassou dinheiro que consta no documento e que a empresa foi mantida por seis anos sem qualquer movimentação. “O depósito [que aparece no arquivo de Elmer] foi apenas para custear as despesas da própria Trust, disse.
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