Por Alexandre Figueiredo
A situação da Líbia, evidentemente, se mostra muito diversa daquela vista nas ditaduras do Egito e Tunísia, que eram protegidas dos EUA. A Líbia, não tendo a guarida dos EUA e dos países ricos aliados, tem sua ditadura combatida por uma intervenção militar internacional, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
É um grande erro criarmos um maniqueísmo que beneficie um dos lados, seja o dos países ricos, seja o do ditador Muamar Kadafi (ou Gaddafi, ou Kadhafi), ainda que me algum momento de sua trajetória, o governante líbio tenha desafiado o imperialismo norte-americano.
Saibamos reconhecer que não é uma briga de mocinho ou bandido, como nos filmes de bangue-bangue. Mas a execução de um processo político-militar complicado, onde a parte frágil, o povo líbio, é a mais prejudicada, seja pela repressão comandada pelo ditador, que gerou vários mortos, seja pela armadilha do paternalismo norte-americano, que quando convém usa as aspirações populares em causa própria.
É chover no molhado dizer que os EUA cobiçam reservas petrolíferas no Oriente Médio, sobretudo na Arábia Saudita. E que muitos dos conflitos ocorrentes nos seus países são por conta da intervenção norte-americana, muitas vezes de maneira bastante sutil.
112 Mísseis tomahawk já foram disparados em território líbio, num dos grandes ataques conjuntos dos EUA e Reino Unido, que agiram em reforço ao ataque das forças francesas. Já se negocia uma zona aérea de exclusão. A operação já ganhou o nome de Alvorada da Odisséia. é a fúria dos países ricos que entra em contraste com as manifestações populares exemplificadas nos casos do Egito e Tunísia, e em andamento no Iemen e Bahrein.
Junto a isso, já ocorrem, paralelas às manifestações populares espontâneas dos líbios, outras manifestações "populares" patrocinadas pelo imperialismo. Tudo isso para confundir a opinião pública mundial e trazer o triunfo da "democracia" no Oriente Médio. O que não significará a efetivação da cidadania e do bem-estar social na Líbia, mas em transformar o país em mais uma "praça" do consumismo que representará mais lucros financeiros às multinacionais.
A imprensa dominante certamente classificará como "histórico" o ataque militar internacional na Líbia, na derrubada tendenciosa do ditador Kadafi. Mas o povo líbio certamente será tapeado, porque o país poderá ser mais um a se subordinar ao poderio imperialista norte-americano, depois que for derrubada a ditadura da Kadafi.
Ventos cinzentos cruzam o território líbio.
A situação da Líbia, evidentemente, se mostra muito diversa daquela vista nas ditaduras do Egito e Tunísia, que eram protegidas dos EUA. A Líbia, não tendo a guarida dos EUA e dos países ricos aliados, tem sua ditadura combatida por uma intervenção militar internacional, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
É um grande erro criarmos um maniqueísmo que beneficie um dos lados, seja o dos países ricos, seja o do ditador Muamar Kadafi (ou Gaddafi, ou Kadhafi), ainda que me algum momento de sua trajetória, o governante líbio tenha desafiado o imperialismo norte-americano.
Saibamos reconhecer que não é uma briga de mocinho ou bandido, como nos filmes de bangue-bangue. Mas a execução de um processo político-militar complicado, onde a parte frágil, o povo líbio, é a mais prejudicada, seja pela repressão comandada pelo ditador, que gerou vários mortos, seja pela armadilha do paternalismo norte-americano, que quando convém usa as aspirações populares em causa própria.
É chover no molhado dizer que os EUA cobiçam reservas petrolíferas no Oriente Médio, sobretudo na Arábia Saudita. E que muitos dos conflitos ocorrentes nos seus países são por conta da intervenção norte-americana, muitas vezes de maneira bastante sutil.
112 Mísseis tomahawk já foram disparados em território líbio, num dos grandes ataques conjuntos dos EUA e Reino Unido, que agiram em reforço ao ataque das forças francesas. Já se negocia uma zona aérea de exclusão. A operação já ganhou o nome de Alvorada da Odisséia. é a fúria dos países ricos que entra em contraste com as manifestações populares exemplificadas nos casos do Egito e Tunísia, e em andamento no Iemen e Bahrein.
Junto a isso, já ocorrem, paralelas às manifestações populares espontâneas dos líbios, outras manifestações "populares" patrocinadas pelo imperialismo. Tudo isso para confundir a opinião pública mundial e trazer o triunfo da "democracia" no Oriente Médio. O que não significará a efetivação da cidadania e do bem-estar social na Líbia, mas em transformar o país em mais uma "praça" do consumismo que representará mais lucros financeiros às multinacionais.
A imprensa dominante certamente classificará como "histórico" o ataque militar internacional na Líbia, na derrubada tendenciosa do ditador Kadafi. Mas o povo líbio certamente será tapeado, porque o país poderá ser mais um a se subordinar ao poderio imperialista norte-americano, depois que for derrubada a ditadura da Kadafi.
Ventos cinzentos cruzam o território líbio.
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