Timothy Bancroft-Hinchey - Pravda.Ru –
Tradução Pravda
Enviado por MVM==News
Uma semana depois do Dia de Fúria, quando nesta coluna perguntei quem ou o quê estava por trás da “revolta” contra o Coronel Muammar Kadafi, as primeiras respostas começam a aparecer... E interessantes elas são.
A “revolta” na Líbia pareceu um pouco estranho desde o início. Enquanto na Tunísia e no Egito os movimentos estavam concentrados nas cidades capitais, na Líbia o epicentro se focou na região leste, nas terras tribais da Cirenaica. Estranho...?
Cirenaica é anfitriã de um grupo extremamente complexo de povos e tribos, uma realidade étnica tão facilmente explorada em outras regiões árabes por forças exteriores. Em torno da segunda maior cidade da Líbia, e capital da Cirenaica, Benghazi, residem os tribos Arafah, Darsa, Abaydat, Barasa, Abiid, Awaqir, Fawakhir, Zuwayah, Mugharbah, Majabrah, Awajilah e Minifah.
Por isso a primeira pergunta é: Por que a “revolta” líbia não começou na capital, Trípoli, e por que a mídia comprada nunca relatou nada sobre Benghazi e a região Leste... Que tem sido o epicentro de tensões étnicas e separatismo?
Pergunta dois é porque houve uma falta de informação sobre os programas sociais de Coronel Kadafi?
Os programas sociais do Coronel Muammar Kadafi na Líbia são muito maiores do que os aplicados nos países vizinhos. Infraestruturas modernas surgiram nos últimos anos que visam atrair investimento e trazer riqueza acrescentada e desenvolvimento sustentável para os cidadãos da Líbia; o programa Kadafi de alfabetização forneceu a educação universal gratuita e desde que ele assumiu o poder em 1969, a expectativa de vida dos cidadãos da Líbia aumentou 20 anos, enquanto a mortalidade infantil diminuiu drasticamente.
Kadafi representa o controle dos recursos da Líbia por líbios e para líbios.
Quando ele chegou ao poder dez por cento da população sabia ler e escrever. Hoje, é cerca de 90 por cento a taxa de alfabetização. As mulheres, hoje, têm direitos e podem ir à escola e conseguir um emprego. A qualidade de vida é de cerca de 100 vezes maior do que existia sob o domínio do rei Idris I.
Pergunta três é de onde vieram os cartazes EnoughGaddafi.com e por que o webmaster desta “organização” está listado na Movements.org como o “Twitter” a ser seguido e a pergunta número quatro é qual o papel do Departamento de Estado dos EUA relativamente ao Movements.org. A resposta a esta pergunta é que ajudou a lançar o movimento em 2008.
Pergunta cinco é o que fazem a Frente Nacional de Salvação da Líbia (NFSL) e a Conferência Nacional para a Oposição da Líbia (NCLO). A resposta é a coordenação de atos de terrorismo.
Pergunta seis é o que está fazendo a OTAN concentrada ao largo da costa líbia?
Pergunta sete é por que o site da agência de notícias, JANA, do Governo líbio, tenha ficado offline por três dias: e quem ou o quê está por trás desta aparente ato de terrorismo cibernético. Esta é uma tentativa deliberada de manipular a notícia por aqueles que tentam obter informações e tentar moldar a opinião pública ao seu favor. Aqueles que tentam forjar um caminho independente, como a Al Jazeera, logo são assimilados, o que é fácil de se ver.
Pergunta oito é quem estava por trás do boato que o Coronel Kadafi havia fugido do país, enquanto ele estava o tempo todo em Trípoli.
Pergunta número nove se baseia no que aconteceu com o embaixador da Líbia em Washington, aparentemente impedido de participar numa discussão na ONU; esta foi realizada por um assessor, cuidadosamente preparado, que tomou seu lugar e deu uma versão dos eventos que o embaixador negou mais tarde.
O tempo dirá o que acontece a seguir, mas uma coisa é clara: há forças das trevas operando na Líbia e não são líbias...
Timothy Bancroft-Hinchey
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