Alguém já disse ou usou essa frase “de mulher para mulher”, muito boa, mas, ficou pequena, incapaz de demonstrar a capacidade e os desejos da mulher brasileira.
Não queremos mais falar apenas com nossas iguais, queremos falar e agir com todos como iguais. Chegou o momento do desafio, ousar, ousar deixou de ser fundamental.
Agora o que todas temos que fazer é provar, provar.
Desde nossas vereadoras, secretárias municipais ou de estados, Ministras e nossa Presidenta, não nos cabe mais a “ladainha” que nos tornava menor, com o pretexto de sermos mais protegidas.
Na história existe sempre um crescente, uma andar para frente, continuamente.
Isso não significa que se deve desplugar da realidade ainda bastante difícil e que por vezes, a crueza humana atinge dolorosa e impiedosamente tantas mulheres.
Todas e todos sabemos disso.
Estamos lutando para eliminar ou na pior das hipóteses, reduzir esses índices vergonhosos de uma violência irracional.
Essa é uma caminhada pela passa pela civilização do pensamento moralista e conservador daqueles que formam o homem do futuro.
Não é algo que se possa produzir de imediato mas, uma causa para ser trabalhada na formação cultural da identidade social e moral desses novos seres.
De imediato, nós, mulheres deste imenso e adorável Brasil, temos uma missão maior – ajudar a fazer dessas nossas representantes – qualquer que seja o cargo ou mandato que ocupem na vida pública.
Não se pode permitir erros desses que tanto vitimam a sociedade e que foram cometidos por representantes eleitos,sejam também repetidos por mulheres no exercício da função.
Tornar-se-íamos iguais, mas por baixo. Seriamos tão desprezíveis quantos aqueles que combatemos desde longo tempo.
Pelos nossos filhos e filhas não temos esse direito de permitir.
Precisamos ser atuantes, colaboradoras, críticas, no momento certo e extremamente éticas, para com o mesmo rigor que fizemos tantas denúncias, possamos também, cobrar dessas mulheres que hoje nos representam, exemplos de probidade, moralidade e competência, para que os caminhos sejam alargados e possamos todos, homens e mulheres, comungar dignamente a igualdade em sentido amplo.
Amanhã ou depois, quem, sabe, a história possa abrir, num cantinho da página, um espaço para referenciar o seu trabalho.
Eu penso e ajo assim, espero de algum modo, estar contribuindo com a evolução da história.
Hilda Suzana Veiga Settineri [editora do Terra Brasilis]
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