quarta-feira, 23 de março de 2011

Reforma política: avanços e retrocessos




Estive a observar algumas propostas que estão sendo votadas no Senado da República.

Interessou-me particularmente, aquela referente ao fim das coligações.

Entendo que nenhum... partido político terá ident...idade com essas estranhas e perigosas composições.

Não se alia em termos de programa, mas, da mera conveniência.

São partidos ditos de esquerda ou socialistas compondo com partidos de direita chamados de liberais ou progressistas e vice-versa.

Queira Deus que isso passe e valha já para a próxima eleição.

Por outro lado, lá estava também a chamada ditadura ou monopólio dos diretórios através do que eles chamam de lista.

A idéia não é ruim mas, é indecente.

Sim, isso mesmo em um país onde em quase todas as cidades e estados os partidos políticos tem donos, coronéis, ou outro termo mais apropriado, é um golpe.

Estes mesmos, disseram que eram contra o parlamentarismo porque tirava o direito do eleitor, agora querem eles, escolher os seus protegidos.

Nessa lista não valerá a intenção do eleitor em eleger João ou José, mas a ordem que ele estiver na lista, ou seja, o eleitor assume a condição de otário.

Nas várias propostas está tramitando o chamado voto distrital com ele, o eleitor escolhe candidatos do seu distrito, o que pode ajudar a motivar a responsabilidade no voto.

Mas, as “otoridade” ou simplesmente os “notáveis” que se elegeram agora se acham no direito de retirar – pasmem – o seu direito de eleger mediante um sistema que parece um embuste, onde você pensa que elegeu, mas apenas acredita nisso, porque o poder cartorial estará nos diretórios dos partidos.

Veja quem está no diretório do seu partido e veja o que pode acontecer.

Tem mais ainda, os escândalos que estão sendo mostrados de medalhões e seus filhotes se usucapindo do dinheiro público ou em estranhos conchavos em troca de favores, chama agora para o financiamento público de campanha.

Pode até ser mas, qual será o limite?

Que valores serão disponibilizados?

Como será a fiscalização para evitar o ingresso de dinheiro privado camuflado em operações pouco claras?

Mas, e você o que pensa de tudo isso?

Alguém já lhe perguntou?

Não estão nem ai.

Você já os elegeu agora agüente, se tiver forças, faça barulho, denuncie e chame todos para a discussão.

Vamos preservar os avanços e afastar os retrocessos, o Brasil merece e quer um sistema limpo, justo para que as conquistas da democratização não sejam perdidas por manobras estranhas.

Hild Suzana Veiga Settineri

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