sexta-feira, 18 de março de 2011

Reforma política por quem e para quem?




Movimentam-se as forças políticas pela reforma na legislação eleitoral.

No momento de pedir o voto, não me recordo de nenhum deles dizer claramente o que pensavam a respeito. Julgo, portanto, que não possuem legitimidade para representar ninguém. Se a reforma deve sair e, creio ser necessária.

É preciso que o povo seja ouvido.

Esclarecido sobre os malefícios da reeleição, sobre a conveniência de mandatos de cinco anos para todos os níveis de poder, sobre o que é financiamento de campanha, a necessidade de proibir coligações tão nefastas ao interesse público, vetar eleitos para cargos no Legislativo assumirem funções no Executivo sem renunciar e perder a elegibilidade para o mandato seguinte.

Considero importante a discussão dentro dos partidos, mas se ela se resumir a isso é um natimorto.

Algo putrefado que mesmo envolto e com todas cerimônias que lhe são devidas, ninguém deseja ter para si.

Democraticamente votei nessas eleições e nenhum daqueles que levou meu voto, eleito ou não, disse o que defenderia nessa reforma política.

Talvez, você ai, tenha votado em alguém que defendia a reforma política e disse quais seriam suas bandeiras. Desejo, honestamente, que ele represente o seu pensamento e, mais ainda, que tenha a capacidade de não defender o eterno direito de perpetuar-se no Poder.

Quantas famílias que parecem dinastias, desde avós chegam aos netos e assim por diante, se perpetuando no Poder e dizendo que desejam renovação, transformação e oportunidade para todos, mas se agarram ao Poder como tábua de salvação.

Ainda que a atual Constituição (1988) seja relativamente nova, fizeram tantas emendas e amputaram tantos preceitos estipulados, embora não desejável, já começam a me convencer da necessidade de uma nova Constituição.

Acho sim, que essa reforma política é apenas para atender os interesses de políticos.

Ou terá outra finalidade?

Quem será promovido?

Nem vou perguntar.

Vai causar pisoteamento, uns tentando passar a frente dos outros, sem qualquer escrupuloso, apenas para ter a “glória” de aparecer na foto.

Hilda Suzana Veiga Settineri

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