Soube da estória de Elaine por intermédio da minha querida amiga, a grande atriz Mika Lins.
Não sei de detalhes, não li o processo nem a decisão judicial, até porque o caso tramita em segredo de Justiça, por envolver questões de família e um menor de idade.
O que chamou minha atenção não foi só a tese jurídica da sentença. Ao longo de tantos anos, cansei de ver decisões equivocadas, sem pé nem cabeça e desprovidas de amparo na lei. O chamado duplo grau de jurisdição existe exatamente para isso, para que todos tenham chance de ter uma decisão reavaliada por uma instância superior.
Minha preocupação é a de mulher e mãe. Fiquei estarrecida ao saber que um juiz de Brasília tirou a guarda de um garoto de 4 anos, afastando-o da mãe, porque esta trabalhou no Teatro Oficina (SP), porque ela está grávida de um outro relacionamento e porque está com câncer. Há nos autos uma gravíssima acusação de pedofilia materna. Não sei a razão. Parece que o pai da criança utilizou este termo (que é uma conduta tipificada como crime) para designar que no local de trabalho da mãe, o Teatro Oficina, circulavam pessoas nuas. Elaine não é atriz, é cineasta. E ainda que fosse ela própria a se desnudar no palco, numa manifestação artística, isso não seria crime.
Então quer dizer que ser MÃE, para o juiz, significa não poder exercer livremente qualquer profissão?
Para ser MÃE não podemos ter um segundo ou terceiro relacionamento e gerar filhos de pais diferentes?
Para ser MÃE não podemos ter nenhuma doença???
Este [da Janice] blog estará igualmente aberto ao pai e ao juiz, se quiserem se manifestar.
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Acesse o blog da Elaine Cesar: http://elainecesar.blogspot.com/
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