sábado, 30 de abril de 2011

Acusado de matar jogador diz que tiro foi acidental

Foi realizada ontem, na sala de audiências da 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a última audiência de instrução do caso que apura a morte do jogador Willian Morais, meia-atacante do Corinthians que estava emprestado ao América-MG. Um dos três acusados disse que o tiro foi acidental e que o jogador partiu para cima do trio. Todos os réus negaram a denúncia de latrocínio.

O primeiro a depor foi D.C.F.S., acusado de ter atirado contra o atleta. Ele disse que não tinha a intenção de praticar roubo. Alegou que andava armado por segurança, pois estava sendo ameaçado. Segundo D.C.F.S, que estava em companhia de H.S.L.S., os dois tinham se encontrado em um campo de futebol próximo ao sítio, onde estavam fumando maconha. Ao passarem perto do local da festa, mexeram com a moça que acompanhava o atleta. Nesse momento, Willian teria tirado satisfação com ambos, dado um soco no peito de H.S.L.S. e partido para a agredir D.C.F.S. O acusado disse que então tirou a arma da cintura e pediu que o atleta se afastasse. Porém, de acordo com o acusado, como a arma estava engatilhada, o jogador esbarrou nela, que disparou. Os dois saíram correndo para a casa de D.C.F.S., quando então o outro acusado, D.C.B.M., apareceu.

D.C.F.S ainda alegou que um dos policiais, ao chegar à sua casa, falou que eram apenas dois suspeitos. Outro policial, segundo o acusado, determinou que era para levar D.C.B.M. também, dizendo “vamos jogar latrocínio nesses caras”. Os outros dois acusados, ao prestarem depoimento, confirmaram a versão de D.C.F.S.

A fase de instrução do processo foi finalizada. A juíza Neide Martins determinou prazo de cinco dias para que cada parte apresente as alegações finais. Após esse procedimento, a juíza dará a sentença.

O crime ocorreu em 6 de fevereiro, quando o atleta de 19 anos foi abordado por três homens, na porta de um sítio onde participava de uma festa, e baleado no peito. Os três acusados estão presos no Ceresp/Gameleira, na capital mineira.

Estadão

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