Por Redação Yahoo! Brasil e GazetaPress
O caso de homofobia na Superliga Masculina de Vôlei, na última sexta-feira, promete mais capítulos durante a semana. Na partida entre Sada/Cruzeiro-MG e Vôlei Futuro-SP, realizada em Contagem (MG), o meio de rede Michael, da equipe paulista, sofreu com gritos de "bicha" da torcida adversária durante toda a partida, vencida pelos mineiros.
"Sou gay. Todo mundo aqui sabe quem eu sou. Eles me respeitam totalmente no time. Não só aqui, mas nos 10 anos em que joguei no São Bernardo. Todos os times me trataram bem. Já tinha acontecido casos isolados de algumas pessoas gritarem pelo clima do jogo. Mas nem escuto. Só que lá (em Contagem) foi um coro: senhoras, mulheres, crianças gritando, já em um clima preconceituoso mesmo. Realmente fiquei assustado com a situação e resolvi falar para que isso não acontece mais, não só comigo", disse o jogador ao site Globoesporte.com.
Além disso, o time de Araçatuba criticou o esquema de segurança da partida (chegando a citar um caso de alcoolismo), o repasse de ingressos ao time visitante, a lotação do ginásio e o número insuficiente de policiais.
De acordo com a nota divulgada pelo Vôlei Futuro, "a torcida do Sada Cruzeiro atuou de maneira feroz e preconceituosa, mostrando ódio, aversão e discriminação a um dos atletas do Vôlei Futuro, deixando claro o manifesto de homofobia dentro do Ginásio. O coro era de forma organizada, crianças, homens e mulheres se juntaram para cometer o tremendo desrespeito e discriminação com o atleta Michael".
No final do comunicado, a equipe do interior paulista confirmou ter enviado ao STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) e à CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) um relatório com as ocorrências.
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