O governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, segue firme no objetivo de rodear-se de apoios rumo a projetos certamente mais ambiciosos para o futuro.
Ao avalizar a chegada de André de Paula ao DEM, Eduardo demonstra não ter limites na função de minar a oposição e fortalecer o seu palanque.
Com a aliança em contrução com o PSD, o PSB ganha bases fortalecidas em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, onde, em 2010, concorreu ao governo com Paulo Skaff e ficou com 4,5% dos votos.
A investida do PSB já fez o PT reagir. Em São Paulo, o partido reforçou a oposição a Kassab e anunciou que lançará candidato a prefeito da capital em 2012.
A postura do PT tem a ver com 2014. O partido sabe que com o PSB reforçado com o PSD, os socialistas chegarão com maior poder de fogo na sucessão de Dilma Rousseff. Eduardo virou alvo a ser combatido.
Aécio Neves teria trabalhaado para inviabilizar a fusão do PSD com o PSB. Teria colocado o governador Geraldo Alckmin (SP) em campo para frear Kassab, de quem é aliado em terras paulistas.
Do mesmo modo, o PT nacional estancou os afagos de Dilma Rousseff a Kassab. Não quer a presidenta conferindo prestígio ao partido que nasce como parceiro do PSB.
André de Paula, ao que tudo indica, desvencilhou-se de aliados que viviam no tempo do “império”, como afirmou Lula ao se referir a Marco Maciel na campanha de 2010.
Na época, Maciel era candidato à reeleição ao Senado e Lula o principal cabo eleitoral dos aliados Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) que concorriam à Casa Alta.
Aliás, ex-aliados de André dizem que estava dificil para o ex-deputado fazer política sem mandato e na oposição e que a associação do DEM à ditadura militar piora as coisas.
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