quinta-feira, 14 de abril de 2011
REFORMA POLÍTICA
Hoje quero contar a história de um aprendiz que era muito dedicado. Todo dia chegava mais cedo. Meticulosamente conferia cada um dos componentes. Sabia com precisão as medidas e as repetia diariamente chegando à exaustão.
E, esperava pacientemente que se produzisse algo novo. A fantasia como de qualquer iniciante era de que se fizesse com mais esmero o resultado poderia ser outro, mesmo utilizando os mesmos componentes.
Os anos foram passando e o jovenzinho fez-se homem, deixou de ser aprendiz e passou a ser o mestre e os anos sucediam-se inapelavelmente, enquanto ele, não desistia. Nesse altura o cabelo farto que tinha se desfez e aqueles que sobraram empalideceram pelo tempo.
Por fim, a senilidade talvez o tenha trazido a razão e passou a rir de todas as inteligências que bradavam em alto e bom som por reformas apegados a velha fórmula que o acompanhou ao longo da vida.
Me perdoem, caso tenha me excedido, mas alguém pode acreditar que o Poder Legislativo, mesmo com os poucos “novos” integrantes sejam capazes de implantar mudanças que signifiquem ameaças ou perdas para aquela elite que insiste na tese de que a República era um projeto apenas para mandar embora D. Pedro II, e, não contra os costumes e a tradição, entre as quais, a hereditariedade, a vitaliciedade e outras coisas que aqueles com muita “idade” no legislativo apegaram-se os tendo como seus.
Entre tantas fábulas que se conhece, talvez, quem sabe mais esta venha a fazer parte do imaginário popular e um dia um matuto ponha-se a pontear na viola essa tragicomédia, que embora seja hilária nos faz rir da própria dor:
“Lá no alto, bem no alto, naquele planalto tem tantas histórias para se contar, é preciso muita paciência, calma e prudência para a rima não te complicar. Permitam-me bater em retirada, porém, essa história de reforma está muito mal contada e o povo na hora certa, vai mostrar”
Hilda Suzana Veiga Settineri
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