Por Tatiana de Mello Dias
Depois de sofrer uma desmobilização, o Partido Pirata do Brasil está de volta e quer se institucionalizar para concorrer a um cargo nas eleições municipais, em 2012.
Segundo o advogado Paulo Rená, ativista e um dos responsáveis pela articulação no Distrito Federal, o partido está se reestuturando. A mudança começou a partir do novo site e agora acontece nos Estados, que contam com articulações próprias.
O partido sofreu uma desmobilização no ano passado, mas agora quer se organizar. “A ideia é tentar concorrer ainda em 2012″, diz Rená. Para isso, eles precisam ter representantes em nove estados — e a campanha pela mobilização começou.
Na Carta de Princípios, o partido prevê quatro grandes lutas: pela cultura livre, por democracia e liberdade, pela inclusão e pela descriminalização da pirataria. Diz o texto:
“Acreditamos que ambulantes são agentes de difusão cultural e que podemos pensar em modelos alternativos de negócios que beneficiem os atores envolvido, como a aproximação do autor e do vendedor ambulante, para que haja a legalização da cadeia produtiva e a promoção do acesso das camadas de baixa renda à cultura e ao conhecimento. Também somos favoráveis à legalização do compartilhamento de arquivos e da livre difusão da cultura, do conhecimento e da informação. Somos contrários às ameaças contra a Internet e a cultura, como a resposta graduada e o uso de DRM (Digital Rights Management) para bloquear o acesso às obras.”
Na Suécia, o Partido Pirata — que tem bandeiras semelhantes — conseguiu 7,1% dos votos e conquistou em 2009 uma cadeira no Parlamento. A deputada Amelia Andersdotter assumiu o cargo aos 22 anos — foi também a mais jovem representante eleita para o legislativo do país.
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