OS MÁRTIRES DE CHICAGO!
O meu primeiro 1° de Maio que participei foi na parte final dos anos 70, articulado pela então Intersindical - organização criada pelos Sindicatos combativos de Porto Alegre, tendo em vista a proibição de entidades gerais imposta pela ditadura.
Vivíamos em plena ditadura, mesmo que não tão sanguinária, o que nos forçava a organizar eventos em ambientes fechados - sindicatos, universidades, igrejas, etc. - pois eramos semi-clandestinos em nossa organização horizontal inter-categorias.
Não tinham a pompa "dos antigamente", pois não era mais época do PTB de Vargas e Brizola, nem a pompa "das oficialistas", onde normalmente era distribuido o prêmio de Operário Padrão (operário patrão - para nós) oferecido pelos sindicatos patronais e fartamente comemorado pelos meios militares.
Porém também não tinha característica de show, com farta distribuição de benesses e prêmios, como vemos nos dias de hoje, com a disputa entre "quem leva mais gente" das diversas centrais sindicais.
Em nosso 1° de maio, discutíamos a organização da classe trabalhadora, sua organização e o que entravava sua emancipação. Era lembrada também a história do dia, referenciando os Mártires de Chicago.
Uma das questões que mais gerava calorosos debates era o atrelamento de nossas entidades ao Ministério do Trabalho - portanto ao Governo Federal - e do papel do famigerado imposto sindical na manutenção daquele status quo.
STATUS QUO que se mantém até hoje, através de uma maioria de sindicatos que nada representam a não ser um posto de pequenos benefícios as suas categorias sem nenhuma luta mais efetiva em prol das necessidades de suas bases.
Foi com alegria que constatei que a luta pela revogação do imposto sindical voltou à pauta, fazendo parte das reinvidicações da CUT.
Lembro que no caminho da construção da CUT teve um encontro, precedido de encontros estaduais, chamado ENTOES! (quem lembra?)
Eu fui, estavam lá, entre outros, Olívio Dutra e na imprensa alternativa teve a seguinte repercussão:
Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA [editor do Terra Brasilis]
O meu primeiro 1° de Maio que participei foi na parte final dos anos 70, articulado pela então Intersindical - organização criada pelos Sindicatos combativos de Porto Alegre, tendo em vista a proibição de entidades gerais imposta pela ditadura.
Vivíamos em plena ditadura, mesmo que não tão sanguinária, o que nos forçava a organizar eventos em ambientes fechados - sindicatos, universidades, igrejas, etc. - pois eramos semi-clandestinos em nossa organização horizontal inter-categorias.
Não tinham a pompa "dos antigamente", pois não era mais época do PTB de Vargas e Brizola, nem a pompa "das oficialistas", onde normalmente era distribuido o prêmio de Operário Padrão (operário patrão - para nós) oferecido pelos sindicatos patronais e fartamente comemorado pelos meios militares.
Porém também não tinha característica de show, com farta distribuição de benesses e prêmios, como vemos nos dias de hoje, com a disputa entre "quem leva mais gente" das diversas centrais sindicais.
Em nosso 1° de maio, discutíamos a organização da classe trabalhadora, sua organização e o que entravava sua emancipação. Era lembrada também a história do dia, referenciando os Mártires de Chicago.
Uma das questões que mais gerava calorosos debates era o atrelamento de nossas entidades ao Ministério do Trabalho - portanto ao Governo Federal - e do papel do famigerado imposto sindical na manutenção daquele status quo.
STATUS QUO que se mantém até hoje, através de uma maioria de sindicatos que nada representam a não ser um posto de pequenos benefícios as suas categorias sem nenhuma luta mais efetiva em prol das necessidades de suas bases.
Foi com alegria que constatei que a luta pela revogação do imposto sindical voltou à pauta, fazendo parte das reinvidicações da CUT.
Lembro que no caminho da construção da CUT teve um encontro, precedido de encontros estaduais, chamado ENTOES! (quem lembra?)
Eu fui, estavam lá, entre outros, Olívio Dutra e na imprensa alternativa teve a seguinte repercussão:
O Movimento nº 264 21 a 27/07/1980
pág. 15 = Encontro Regional do ENTOES preparatório para o Encontro Nacional reuniu sindicalistas de SP e Porto Alegre. Nesse encontro foi decidido lutar pela defesa dos sindicalistas cassados, por liberdade e autonomia sindical, contra a carestia e pelo congelamento dos preços de gêneros de 1ª necessidade, por reforma agrária e direito de greve.
pág. 15 = Encontro Regional do ENTOES preparatório para o Encontro Nacional reuniu sindicalistas de SP e Porto Alegre. Nesse encontro foi decidido lutar pela defesa dos sindicalistas cassados, por liberdade e autonomia sindical, contra a carestia e pelo congelamento dos preços de gêneros de 1ª necessidade, por reforma agrária e direito de greve.
O Movimento nº 273 22 a 28/09/1980
pág. 11 = O I ENTOES, realizado nos dias 13 e 14 de junho, reuniu cerca de 500 delegados que reafirmaram a luta contra a estrutura sindical vigente. A palavra de ordem entoada pelos delegados foi: “Vamos denunciar, vamos denunciar, essa estrutura pelega que só quer nos massacrar
Na mídia tradicional:
pág. 11 = O I ENTOES, realizado nos dias 13 e 14 de junho, reuniu cerca de 500 delegados que reafirmaram a luta contra a estrutura sindical vigente. A palavra de ordem entoada pelos delegados foi: “Vamos denunciar, vamos denunciar, essa estrutura pelega que só quer nos massacrar
Na mídia tradicional:
PELO FIM DO IMPOSTO SINDICAL - UMA BANDEIRA A SER ERGUIDA!
Luiz Antonio Franke Settineri - SAROBA [editor do Terra Brasilis]
Nenhum comentário:
Postar um comentário