O cineasta americano Michael Moore desenvolveu uma curiosa tese sobre as circunstâncias que resultaram na morte de Osama Bin Laden, líder da rede Al Qaeda. Na quarta-feira 4, pelo Twitter (@MMFlint), o documentarista sugere que o terrorista saudita estava detido no Paquistão há ao menos seis anos, numa espécie de “prisão domiciliar da West Point deles (West Point é o nome da mais antiga academia militar norte-americana) .”
Os paquistaneses, continua Moore, teriam feito um pacto com o governo americano. “Eles o segurariam ali e o impediriam de cometer mais ações terroristas. Mas Bin Laden provavelmente se encheu e começou a planejar alguma coisa…”. Essa seria a razão para o Paquistão abdicar da custódia do preso e permitir a operação da CIA em seu território. “Há alguma chance de helicópteros voarem ao lado de uma base militar, uma ‘West Point’, ter um tiroteio, um helicóptero explodir e nem policiais, nem soldados do Paquistão darem as caras?”, indaga o cineasta.
“Por favor! O Paquistão simplesmente não podia ser visto participando disso ao nosso lado. E por favor – a CIA não sabia que ele estava morando lá há seis anos?”, escreve em outro comentário no Twitter. “Enquanto não estivesse liderando o terror, Bin Laden vivo servia a um propósito. A gente tem que entender: A indústria da guerra precisa do medo para fazer dinheiro. Quando não foi mais necessário [ao governo dos EUA], ou ele voltou aos seus velhos hábitos, teve se ser eliminado. Que diabos, vamos falar claro: Ele foi executado, ponto.”
Antes de desenvolver essa tese, o aclamado diretor dos documentários Tiros em Columbine, vencedor do Oscar de 2002, e Fahrenheit 9/11, sobre os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, zombou da suposta ingenuidade dos analistas políticos. “Do meu blog, em 10 de outubro: ‘Se há algo que aprendi sobre os ricos é que eles não vivem em cavernas por nove anos’. Lição: Analistas = Idiotas”. Em outros comentários, o deboche é ainda maior. “Por que não acredito que ele estava numa caverna? Osama bin Laden era um multimilionário. Multimilionários não vivem em cavernas. Eu já conheci pessoas ricas. Elas odeiam cavernas”, afirmou num tweet. “Eu disse que Bin Laden não estava numa caverna três anos atrás no programa Larry King (Larry admitiu que ele também não vivia numa caverna: “Eu moro em Las Vegas”). Aliás, Batman é o único milionário conhecido que viveria numa caverna e mesmo ele não “mora” realmente lá. Ele só vai lá para se trocar.”
Após lançar os comentários na rede social, Moore, que se notabilizou pelos documentários, e não pela ficção, pediu desculpas aos leitores pelo excesso de tweets sobre a sua tese. “É só que eu acho que não estão nos dizendo a verdade. Não acho que há uma conspiração, é só que eu gosto dos fatos.”
4 comentários:
Eu adorei esses comentários do Michael Moore. tentei acompnhar enquanto ele postava essas tuitadas, mas meu inglês não é lá tão bom e não consegui entender tudo. Foi ótimo você ter colocado como um texto e na íntegra. A tese dele é bem viável.E com certeza estava tudo combinado entre EUA e paquistão. Mas o circo continua para dá veracidade aos atos. O que esse pessoal pensa que somos, o mundo todo, não apenas o povo americano? Um bando de idiotas? Como Moore afirmou, uma barulheira daquela e nenhum oficial paquistan~es, há pouquíssimos metros de distância, não aparecer? Tem dó. É melhor coma contar histórias da carochinha para criança dormir. Abraçoos, gosto muito do seu blog. E ele está linkado lá no meu. Sou blogueira mas de folia, mas adoro fazer isto, blogar.
Sei que o artigo foi retirado da Redação da Carta Capital, mas, mesmo assim, eu quero dizer, que adoro este site (não é blog) e todos que o fazem. Em especial, o meu conterrãneo pernambucano. Abraços
Olá, Rejane.
Grato pelas palavras. Obrigado de coração.
Grande abraço!
Pois é, parece que o Michael Moore tirou a roupa do rei... rsrs
Abs!
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