Entre outras coisas, o teólogo Hans Küng (que nome!) afirma:
"Ele (João Paulo II) praticava uma política interna autoritária. Com essa beatificação, está sendo beatificada uma determinada política eclesiástica reacionária restaurativa. Aconteceram também, nesse contexto, diversas violações do direito canônico. Todos os prazos previstos foram colocados fora de vigor, tudo sempre através do privilégio papal, o que é um sinal de que ainda temos um absolutismo medieval. Houve uma múltipla traição ao Concílio.
Se comparar com o grande slogan do aggiornamento – como se chamava antigamente [a modernização da Igreja como objetivo do Concílio Vaticano 2°] –, nós presenciamos a volta das grandes encíclicas morais, de um catecismo tradicionalista. [...] Em vez de diálogo, se aposta novamente no controle da liberdade de expressão e consciência.
Então, se eu ainda acho que a nova evangelização falhou completamente e, hoje, 80% dos católicos alemães exigem reformas em sua Igreja, e se levo em conta o nefasto envolvimento com o pedófilo Maciel Degollado, então devo dizer que não posso entender como se pode beatificar tal homem, como se pode fazer dele um exemplo para a Igreja".
Leia mais no JANELA DO ABELHA.
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